O jornalista Arimatéia Azevedo foi preso pela Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Capturas – DECAP – sob determinação do juiz Luiz de Moura Correia, da 1ª Vara Criminal de Teresina, por volta de 8h da manhã desta quinta-feira (18) em sua residência localizada no bairro Todos os Santos, zona sudeste de Teresina.
Desta vez, a prisão do proprietário do Portal AZ ocorreu em atendimento à sentença condenatória por crime de extorsão em que também é réu o advogado Rony Samuel Negreiro Nunes contra um empresário do ramo de distribuição de medicamentos.
O jornalista foi condenado, no dia 11 de agosto, a 8 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 18 dias-multa, no valor de 1/30 do salário-mínimo, pelo crime de extorsão contra o empresário Thiago Duarte. Na mesma sentença, o advogado Rony Samuel Negreiros Nunes também foi condenado, mas a uma pena de 07 anos e 04 meses de reclusão e pagamento de 14 dias-multa no valor de 1/30 do salário-mínimo.
Ao jornalista Arimatéia Azevedo foi negado o direito de recorrer da sentença em liberdade, tendo sido ainda revogada a prisão domiciliar. Já ao advogado foi concedido o benefício de recorrer em liberdade.
Os policiais deixaram o imóvel do jornalista e o conduziram para Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Souza Neto, localizado no bairro Cabral, onde ele passou pela audiência de custódia. Em seguida, Arimatéia será conduzido para a penitenciária Irmão Guido.
Inquérito policial
O inquérito foi presidido pelo delegado Anchieta Nery, da Delegacia de Crimes de Informática, e foi aberto após representação da vítima, Thiago Gomes Duarte, proprietário da empresa Saúde e Vida, do ramo de distribuição de medicamentos, relatando ter sido vítima de extorsão por parte do jornalista e do advogado.
Segundo representação criminal e termo de declarações do empresário, Lamarque Lavor, representante da empresa Saúde e Vida, recebeu mensagens do advogado Rony Samuel, o qual agia como ‘longa manus’ (executor de ordens) de Arimatéia Azevedo, jornalista e proprietário do Portal AZ, cobrando valores para fazer cessar a publicação de notas supostamente atacando a honra da vítima. Para iniciar a extorsão, Rony Samuel teria então apresentado uma primeira nota publicada na coluna de Arimatéia Azevedo, no Portal AZ.
Foi relatado ainda que o ‘modus operandi’ do investigado Arimatéia Azevedo já foi descoberto em inquérito policial, no qual figurou como vítima o médico Alexandre Andrade de Sousa, tendo sido demonstrado nesse procedimento a prática do jornalista, diretamente, ou por interposta pessoa, de extorquir vítimas exigindo valores financeiros para fazer cessar publicações difamatórias em seu portal de notícias.
Advogado escrevia notas para coluna do jornalista
Consta também no inquérito que o relatório demonstrou que há anos é hábito de Rony Samuel escrever trechos para as colunas de Arimatéia Azevedo, aparentemente recebendo pequenos valores por esse serviço, tudo corroborando com prova técnica e o depoimento do representante da empresa do denunciante.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |