O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), disse nesta segunda-feira, 21, que pretende realizar um evento-teste no mês de julho, caso haja melhora nos indicadores da pandemia. “Se depender desse prefeito aqui nós vamos ter evento-teste em julho, réveillon este ano e carnaval em 2022”, disse.
Reis, no entanto, não deu outras informações sobre o formato do evento, medidas de controle da propagação do vírus nem com que objetivo de estudo ele seria realizado. Segundo a plataforma Informe Salvador, a cidade registrou, até agora, 222.353 casos de covid-19 e 6.754 óbitos. Já sobre os números da vacinação, 973.329 pessoas (34% da população) já receberam a primeira dose e 410.702, a segunda (14% da população). Os dados são do vacinômetro da prefeitura.
O interesse em realizar o carnaval de 2022 foi divulgado por Fábio Mota, secretário de Cultura de Salvador, à Coluna do Estadão. Segundo Fábio, a prefeitura já está assinando contratos com fornecedores para a festa. O prefeito, no entanto, optou por não detalhar os planos para o evento-teste e as futuras festividades. "Não vamos falar o que está sendo organizado para não causar uma falsa sensação em relação à pandemia”, explicou Bruno Reis.
Além de Salvador, o Rio também planeja um evento teste na Ilha de Paquetá após a vacinação de todos os moradores, em setembro. No domingo, 20, iniciou na ilha o projeto PaqueTá Vacinado que tem o objetivo de imunizar toda a população adulta como parte de um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). “As coisas caminhando como estão caminhando, vamos fazer o maior carnaval da história”, disse Eduardo Paes para a Coluna do Estadão.
Nesta segunda-feira, também se inicia o 'viradão da vacinação' em Salvador, uma jornada de 33 horas seguidas de vacinação contra a covid-19. Além da imunização por idade, também haverá a retomada de aplicação em grupos prioritários que fizeram agendamento pelo site com hora marcada.
O Brasil atingiu a marca de 500 mil mortos pela covid-19 no sábado, 19, após um ano e três meses da pandemia no País. Com um crescimento exponencial, o caos sanitário foi favorecido pela ausência de testagens em massa, baixa adesão às medidas de isolamento social e, recentemente, lentidão da imunização, apontam especialistas.
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