A TV GP1 dá continuidade a série de entrevista com os candidatos ao Governo do Piauí, ao Senado Federal e a deputado estadual e federal. Nossa primeira entrevista com um candidato ao Governo do Estado, é com Gustavo Henrique (Patriota).
Durante a entrevista, Gustavo Henrique expôs suas perspectivas e propostas para o Piauí, caso seja eleito. A entrevista completa do candidato está disponível, na íntegra, em vídeo e em texto abaixo.
Leia a entrevista na íntegra:
Há 20 anos o PT está no comando do Palácio de Karnak. Na sua opinião, qual a importância que haja alternância no poder?
A alternância de poder ela é necessária até mesmo em grupos políticos. Você vê aí que não houve, por exemplo, uma alternância partidária dentro desse mesmo grupo político que já está aí no poder há algum tempo. Poderia ter sido colocado um outro candidato com capacidade, lá tem vários nomes que poderiam estar aí disputando a eleição. Mas no caso do nosso partido, o Patriota, compreendeu que há essa necessidade plural de se colocar opções para a sociedade.
E o que o senhor fará de diferente caso seja eleito governador do estado do Piauí?
Em primeiro lugar dar cumprimento ao nosso plano de governo, que será registrado em cartório e eu assinarei uma cláusula de renúncia em caso de descumprimento. Dentro do nosso plano de governo, está contemplado a não nomeação de deputados nem suplentes para três áreas que entendemos serem prioritárias neste momento, não que as outras não tenham a sua devida importância, mas essas três áreas necessitam especificamente de políticas de estado, de políticas em que hajam um atendimento para todos, que são: educação, saúde e segurança pública. O que precisamos no Piauí é um planejamento efetivo e ações concretas, para que possamos melhorar a eficiência na prestação do serviço para o cidadão. É dessa forma que nós queremos governar. Políticas de estado em primeiro lugar.
O Piauí precisa ter segurança de fato, associada a recursos humanos, Polícia Militar, Polícia Civil, fomentarmos a criação das guardas municipais, das brigadas de combate e prevenção a incêndios e também defesa civil nos municípios. Assim estaremos avançando nesse quesito segurança pública e investindo em inteligência.
Na saúde, é como falei, priorizarmos ainda mais a descentralização, para aliviar a carga que vem para Teresina. O estado cumprindo seu papel. Já na educação, precisamos sim requalificar a educação porque nós temos homens e mulheres ali que estão dispostos a trabalhar por todos nós, principalmente os futuros cidadãos, que são os jovens, que estarão no mercado de trabalho futuro. Então isso é interessante que quem nos assiste faça essa avaliação, de quem tem compromisso real com o estado e não com o governo para si, pois entendo que política é missão e não meio de vida.
Candidato e quais heranças que o PT deixará ao estado do Piauí caso o partido seja derrotado pelo senhor? No seu ponto de vista, há algo de positivo deixado pelo governo de Wellington Dias para o estado?
A minha questão é fazer diferente do que está aí. Isso não tenha dúvidas. Há algo de bom? Todos deixam algo de bom. Agora, nós achamos que precisa-se mudar muita coisa. Acho que a gestão que ora se findou e agora continua com a excelentíssima senhora governadora, que tem uma história e que não vou entrar no mérito da história como mulher, como senhora, mas o que a gente precisa é ter essa alternância, o povo do Piauí precisa experimentar um novo modelo de gestão.
Entrando na esfera da saúde pública, um dos grandes problemas enfrentados no estado é a falta de UTIs. Como o senhor pretende agir para ampliar o número de UTIs e descentralizar o atendimento na capital?
Nós temos que implementar na saúde as políticas de estado, agora o estado precisa melhorar a eficiência principalmente nos hospitais regionais, aqueles hospitais que estão nas macrorregiões do estado. Vamos dar o exemplo de Picos, São Raimundo Nonato, por exemplo, precisamos fortalecer essas unidades regionais para que de fato possam atender as regiões adjacentes. Acredito que com o investimento adequado, com a devida cobrança, fiscalização, com melhor aparelhamento dessas estruturas, com o Estado fazendo as suas contrapartidas junto aos municípios, fazendo com que os órgãos de controle também cobrem dos municípios, de acordo com seu tamanho, os devidos investimentos na saúde, nós conseguiremos sim em um médio prazo de tempo ver os resultados disso.
Sendo eleito, quais ações o senhor pretende realizar para reestruturar a educação do estado?
Precisamos efetivamente implementar um planejamento executivo. Não que venhamos a inaugurar escola novas, e sim requalificá-las. Essa questão das escolas fechadas não é de agora, já é um assunto recorrente. Estão aí os precatórios recebidos pelo estado que poderiam estar sendo utilizados, inclusive, nessa requalificação dessas edificações, colocando energia solar nelas, laboratórios de informática, laboratórios de pesquisa. Poderia-se estar fazendo uma possível ampliação da estrutura física dessas escolas, para que possa melhor atender a demanda. Eu sou contra escolas fechadas. Se não há demanda de fato, mas que se dê uma destinação a esse prédio, a essa edificação pública. Eu sou filho de professora, neto de professora, então não tem como a gente não olhar para a educação. Vamos olhar com um olhar muito especial, pois é da educação que surgirá o futuro do nosso estado.
Nesse ano, os professores da rede estadual deflagraram uma greve que durou 4 meses, pois eles estavam em busca do reajuste salarial de 33,24%. Desse modo, quais ações o senhor planeja executar para evitar a insatisfação desses professores e consequentemente, evitar novas paralisações?
Vamos nos antecipar. Antes do final de cada ano da nossa gestão, vamos nos antecipar, chamando as categorias para conversar, mas serão todas as categorias mesmo! Porque precisamos jogar aberto e sermos transparentes. Acho que está faltando essa abertura, pois os governantes ficam muito distantes das pessoas, o governador precisa estar mais próximo não só dos servidores, mas da população de uma maneira geral e dá para fazer isso, de maneira transparente.
Entrando na orbe da segurança pública, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 divulgou recentemente que Teresina é a 4ª capital mais violenta dentre as capitais do Brasil. Candidato, caso eleito, o que fará para mudar essa realidade?
Precisamos ter políticas de estado e começa principalmente pela valorização dos profissionais de todas as forças de segurança e com a implementação do concurso rotina. Então iremos contemplar a Polícia Militar com um concurso anual de 3500 homens e mulheres, porque nós entendemos que ao final de 4 anos teremos o efetivo ideal, segundo as organizações internacionais e nacionais, que apontam que para o Piauí ter um relativo padrão de segurança presencial, é em torno de 15 mil policiais militares, mas ao final dos 4 anos de mandato teremos um pouco mais do que isso. E isso vale para a Polícia Civil e para o Corpo de Bombeiros. A Polícia Civil precisa ter algo em torno de 8 mil profissionais e realizaremos um concurso rotina de 1.200 a 1.500 policiais civis, e no Corpo de Bombeiros também entre 2.200 a 2.500 bombeiros militares. Precisamos também implementar determinadas políticas públicas para garantir a proteção da família, da criança, do idoso, do jovem, principalmente do alentado, que é aquele jovem ou cidadão que já não procura mais emprego porque perdeu a fé e aí precisamos trabalhar socialmente com muita profundidade essa questão, porque são esses alentados que acabam sendo cooptados em grande parte para o mundo do crime.
Falando em reforma administrativa, o senhor pretende reduzir o número de secretarias, de cargos e de gastos com o pessoal caso seja eleito?
Eu estava revisando o meu plano de governo hoje, antes de enviar para a Justiça Eleitoral e contempla sim. Atualmente temos secretarias superpostas, as mesmas secretarias executando o mesmo objetivo, o mesmo fim. Pretendo sim reduzir a máquina no sentido de que tenhamos melhor eficiência, e essa eficiência se dá com objetividade. Secretaria de infraestrutura é para infraestrutura mesmo, e aí tem que estar vinculado com o DER, porque tem que estar atrelado a secretaria de infraestrutura para executar as ações que são inerentes a esse órgão, a essa autarquia. Eu acho que dá para fazer uma grande economia no estado e aí onde vai ter sim os recursos necessários para que possamos fazer as devidas ações na saúde, na educação, na segurança pública e parte da infraestrutura necessária para nós desenvolvermos a economia do estado, que é com o fomento da industrialização. Então precisamos reduzir a máquina para o que for necessário.
Considerações finais do candidato
Primeiro quero agradecer a oportunidade de nós estarmos aqui revelando um pouco do que pensamos e pretendemos fazer pelo estado do Piauí. Dizer para o eleitor do estado do Piauí tenha paciência, tem aí dois lados que se dizem antagônicos, que são adversários, mas eu entendo que são farinha do mesmo saco. Então, eu peço a você que seja analista mesmo. Aguarde. Compare. Veja quem realmente tem compromisso com você. Meu Facebook e Instagram é “Gustavo Henrique Senador”, senador porque fui candidato em 2014 ao Senado Federal e ficou esta marca, mas sou Gustavo Henrique, candidato a governador pelo Patriota 51.
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