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Trabalhadores são resgatados em situação de escravidão no Lollapalooza

As vítimas eram contratadas por empresas terceirizadas que prestavam serviço no festival de música.

Cinco trabalhadores submetidos a trabalho análogo à escravidão foram resgatados nesta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em São Paulo. As vítimas foram encontradas em situação degradante prestando serviço no festival de música Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, na cidade de São Paulo.

De acordo com o MTE, os cinco trabalhadores dormiam no chão ou sobre pallets de bebidas em tendas dentro do Lollapalooza para garantir a segurança da mercadoria. Eles também não tinham acesso a rede elétrica, colchões e equipamentos de proteção individual.


Foto: Divulgação/Auditoria Fiscal do TrabalhoAs vítimas dormiam sobre o chão e pallets dentro do Lollapalooza
As vítimas dormiam sobre o chão e pallets dentro do Lollapalooza

Os trabalhadores afirmaram durante a fiscalização que tomavam banho em uma casa locada pela empresa e não podiam voltar para casa. Eles também eram submetidos a uma jornada de trabalho de 12 horas, e recebiam R$ 130 por dia de trabalho, do dia 16 de março até o dia de desmontar o evento, no dia 29.

Em resposta, a produtora responsável pela organização do festival Time for Fun, T4F, afirmou que rescindiu contrato com a terceirizada, e que exige que as empresas que prestam serviço garantam condições de trabalho dignas a seus funcionários.

Após serem libertados, os trabalhadores assinaram termos de rescisão de contrato com a empresa, e devem receber verbas de cerca de R$ 10 mil. Eles também terão direito ao seguro-desemprego ofertado para trabalhadores que foram resgatados de situações análoga à escravidão.

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