Na manhã desta terça-feira (28), o governador Tarcísio Gomes de Freitas classificou a paralisação no metrô em São Paulo como abusiva e política, denunciando práticas de chantagem. Em nota, ele criticou a motivação da greve e lamentou que tenha sido deliberada por um contingente mínimo de funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp.
Confira aqui a nota na íntegra.
Conforme a declaração, a greve impactará 4,6 milhões de passageiros, 1,6 milhão de alunos, 1,2 milhão de estudantes que participariam do Provão Paulista e acarretará prejuízos superiores a R$ 60 milhões no comércio, além da perda de arrecadação pela CPTM e Metrô.
O comunicado ressalta que a greve, aprovada em desacordo com as regras constitucionais, carece de reivindicações trabalhistas, sendo predominantemente de natureza política. O governo critica a postura dos sindicatos, alegando que, ao ignorarem a legislação que regula o direito à greve, tornam a população refém de interesses políticos e corporativos.
Destaca-se também que os sindicalistas fizeram chantagem ao condicionar a suspensão da greve à paralisação dos processos de desestatização. O governo repudia essa atitude, ressaltando que tais processos foram legitimamente respaldados pelas urnas e estão sendo discutidos democraticamente.
A nota destaca a prática inescrupulosa dos sindicalistas em greves anteriores, que prejudicaram milhões de pessoas e geraram prejuízos significativos para o comércio. Na atual greve, estima-se que Metrô e CPTM acumularão perdas de R$ 10,8 milhões na arrecadação.
Tarcísio critica ainda a baixa adesão nas assembleias que decidiram pela greve, destacando números reduzidos de votos favoráveis em relação ao total de trabalhadores. O governo espera que os grevistas respeitem as determinações judiciais que estabelecem percentuais mínimos de serviços durante a paralisação, com multas diárias estipuladas em caso de descumprimento.
A nota conclui expressando a expectativa de que, desta vez, a justiça seja respeitada e que o interesse e bem-estar da população prevaleçam sobre agendas corporativas de uma minoria.
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