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São Vicente - São Paulo

Menina indígena de 5 anos é estuprada em aldeia de São Paulo

Criança foi encontrada com sangramento na quarta-feira. Caso foi registrado e está sendo investigado.

Uma menina indígena de cinco anos de idade foi estuprada nesta quarta-feira, 19, na Aldeia Paranapuã, da etnia guarani, em São Vicente, no litoral de São Paulo. A criança foi encontrada com sangramento vaginal próxima de sua casa, em área de mata. Ela foi levada para o Hospital Vicentino e permaneceu internada. O caso foi registrado pela Polícia Civil como estupro de vulnerável. Até o fim da tarde desta quinta, nenhum suspeito tinha sido detido.

A aldeia Paranapuã (Xixova Japuí em guarani) reúne cerca de 110 pessoas da etnia guarani mbya e está em processo de identificação como terra indígena. A mãe da criança participava de uma reunião na aldeia e deixou a menina sob cuidados de vizinhos. Quando retornou, encontrou a filha do lado de fora da casa, com marcas de sangue no órgão genital. No atendimento médico, foi confirmado que ela apresentava lesões compatíveis com estupro.


Conforme a prefeitura de São Vicente, o Conselho Tutelar foi mobilizado e está acompanhando o caso. O órgão foi acionado pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestou os primeiros atendimentos à vítima. “A mãe participava de uma reunião e, quando terminou, foi até a casa do vizinho e encontrou a menina sangrando”, disse o conselheiro Mário Negreta, que esteve na aldeia e conversou com o cacique.

Segundo ele, a criança continua em observação no hospital, sem previsão de alta. Ela está recebendo as medicações que normalmente são dadas às vítimas de estupro. O conselheiro informou ainda que a Fundação Nacional do Índio (Funai) foi comunicada do caso pelo cacique.

Ainda segundo o conselheiro, uma líder comunitária, que é professora na aldeia, acompanha a criança no hospital. Os pais já deram depoimento à polícia e também visitaram a filha. O cacique da aldeia foi informado que a menina vai precisar de atendimento médico e psicológico, que será feito de forma compatível com as tradições culturais da tribo.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) informou que, após o registro do caso, foram iniciadas diligências para esclarecer o crime. Por envolver menor de idade e, devido à natureza do caso, as informações serão restritas.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que acompanha o caso por meio da unidade descentralizada do órgão na região e vai colaborar com as autoridades policiais que investigam a ocorrência.

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