A licitação no valor de R$ 88 milhões para logística, armazenamento e distribuição de vacinas do Instituto Butantan foi parar na Justiça. A empresa Andreani Logística, responsável pelo contrato, está contestando a atual vencedora da licitação, Simas Logística, sob a alegação de que o preço oferecido por ela está abaixo do valor de mercado. Por conta disso, o processo licitatório passou a ser analisado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e também pelo Tribunal de Contas do Estado.
A Andreani Logística defende que a Simas não cumpriu as exigências documentais no prazo estipulado, eivando o processo licitatório de irregularidades.
Já a defesa de Simas Logística afirmou que participou do processo licitatório de forma transparente e legal, e que todas as questões relacionadas ao certame devem ser direcionadas ao Instituto Butantan.
O Tribunal de Contas do Estado emitiu um parecer que permite à Simas regularizar a documentação pendente até o próximo mês de maio. A Andreani, que já teve pedidos de liminares negados em primeira e segunda instâncias, segue sem decisão final.
Perspectiva do Butantan
O Instituto Butantan defende a regularidade do processo de escolha e destaca que a proposta da Simas foi 82% mais econômica do que a da Andreani. A fundação planeja apresentar uma contraminuta no processo judicial, argumentando que não houve irregularidades na licitação e esperando que a decisão original seja mantida.
A disputa, iniciada em 2024, continua sem um veredicto final. A Fundação Butantan observa que, com o objetivo de maximizar a economicidade e garantir a proposta mais vantajosa, a escolha da Simas se justifica. A expectativa é que a câmara de desembargadores, ao final, confirme a decisão monocrática do relator do caso.