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Saúde

Covid-19: restrições não evitarão avanço da variante Ômicron

Mesmo antes da descoberta, especialistas alertavam que medidas seriam insuficientes.

O número de casos da variante Ômicron aumentou no Reino Unido e na Dinamarca, comprovando o receio de cientistas de que a nova cepa já estaria se espalhando, apesar das restrições às viagens, e ampliando a chance de que mais lockdowns possam ser impostos antes das festas de fim de ano.

A Ômicron foi detectada em pelo menos 45 países. No domingo, a agência de saúde britânica confirmou ter registrado 246 casos – o dobro do total de sexta-feira. Na Dinamarca, foram confirmadas 183 ocorrências, o triplo do total de sexta- feira. Mas muitas questões persistem, incluindo quão transmissível é a variante, como as vacinas conseguirão lidar com ela e qual a probabilidade de ela provocar casos graves.


“Veremos números altos nas próximas semanas”, afirmou o médico Michael Osterholm, da Universidade de Minnesota. “E isso não deveria ser uma surpresa. Esse vírus está simplesmente agindo como um vírus respiratório altamente transmissível.”

Peter Hotez, diretor da Escola Nacional de Medicina Tropical de Baylor, afirmou que os casos de Ômicron são tão pequenos que é difícil interpretar as altas no Reino Unido e na Dinamarca. “Algumas centenas de ocorrências são uma minúscula fração dos 44 mil novos casos diários registrados em média”, disse.

Mesmo antes da descoberta da nova cepa, especialistas alertavam que as restrições de viagens seriam insuficientes. “Fechamos a porta do estábulo depois de o cavalo fugir”, disse o epidemiologista Mark Woolhouse, que acredita ser tarde demais para alterar o curso da nova onda.

Para Henrik Ullum, diretor da agência de saúde da Dinamarca, a variante já se espalha localmente. “Há cadeias de infecção em andamento. A Ômicron já foi detectada em pessoas que não viajaram nem tiveram contato com viajantes”, disse.

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