Pesquisadores australianos esperam iniciar os testes de uma terapia com anticorpos para o novo coronavírus em humanos nos primeiros meses de 2021. Outros cientistas anunciaram nesta quarta-feira, 26, que testes em larga escala de uma vacina podem começar ainda no final de 2020.
Estas metas foram anunciadas enquanto o epicentro do coronavírus no país, o Estado de Victoria, registrou seu segundo maior número diário de mortes desde o início da pandemia, com 24 óbitos confirmados. Apenas 149 novos casos foram registrados nas últimas 24 horas, número menor que os 700 confirmados três semanas atrás.
O Instituto Walter e Eliza Hall, em Melbourne, tem registrado bons resultados na identificação dos anticorpos mais potentes, que poderiam neutralizar a proteína do vírus que causa a covid-19 e impedir a infecção de células humanas, disse a centista Wai-Hong Tam. Tratamentos com anticorpos seriam importantes para pessoas do grupo de risco, disse ela.
Quase 64% das 549 vítimas registradas na Austrália em decorrência da covid-19 eram residentes de asilos, a maioria em Victoria. "Se formos muito otimistas, devemos fazer testes clínicos no início do ano que vem".
Paralelamente, segundo a Universidade de Queensland, outros cientistas informaram à Sociedade Internacional de Vacinas que uma vacina de "grampo molecular" teve eficácia comprovada nos testes com hamsters e poderia ser manufaturada em escala.
Se a fase 1 de testes clínicos se mostrar segura e gerar respostas imunes, a empresa CSL Ltd poderá ampliar a escala das testagens no final deste ano, disse um dos líderes do projeto UQ, Keith Chappell.
A tecnologia do "grampo molecular" adiciona um gene às proteínas virais para estabilizá-las e fazer com que o corpo crie anticorpos para o vírus como se estivesse sendo afetado por ele.
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