Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 1º, a decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) de incorporar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) a vacina ACWY para a prevenção da meningite. Em até 180 dias, vacina passa a fazer parte do calendário de vacinação do SUS para os adolescentes entre 11 e 12 anos.
A imunização foi avaliada como mais um recurso de prevenção contra a doença meningocócica pelo sorogrupo mais prevalente no país, o sorogrupo C. No Brasil, as vacinas disponíveis pelo SUS contra a doença meningocócica são as meningocócicas C (conjugada) para crianças de três meses a menores de cinco anos e adolescentes de 11 a 14 anos de idade e a ACWY (conjugada) para paciente com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) - doença rara, de origem genética, considerada uma anemia crônica. Em países como o Chile, este tipo de vacina já é o principal utilizado na rede de saúde.
De acordo com a Conitec, a prevenção tem se destacado como a estratégia preferencial para lidar com a doença e ela é feita por dois caminhos: pela vacinação ou pela administração de antibióticos para aqueles que tiveram contato próximo com pacientes, de modo a impedir o desenvolvimento da infecção.
Meningite
A meningite meningogócica é transmitida por um grupo de bactérias chamadas meningococos, e provoca inflamação na meninge, membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal. A transmissão se dá por meio das vias respiratórias, ou seja, pelo ar.
Há 12 tipos de meningococos; no Brasil, o mais comum é o tipo C (80% dos casos), seguido do tipo B. Os tipos A, W e Y são menos frequentes. As vacinas são consideradas a melhor forma de prevenção contra a meningite e são específicas para cada sorogrupo.A meningite pode deixar sequelas neurológicas, auditivas, dores crônicas, entre outras. Entre 5% e 10% dos pacientes podem vir a falecer, o que geralmente ocorre entre um e dois dias após o início dos sintomas.
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