Antes de se pronunciar na tribuna do Legislativo na sessão desta terça-feira (06), o deputado Marden Menezes (PSDB) cumprimentou os deputados Kleber Dantas Eulálio (PMDB) e Luciano Nunes (PSDB) para saldar os demais colegas que retornaram a plenário. Marden Menezes se reportou ao discurso de Kleber Eulálio, ex-secretário de Governo, para discordar sobre os resultados da administração Wellington Dias.
“Nos mantivemos firmes, incólumes, discordando desses modelo de gestão, porque não nos conformamos com o governo que em sete anos não conseguiu capitanear uma só indústria para gerar emprego e renda para o povo do Piauí”,reclamou.
“Não nos conformamos com o governo que concentrou a renda na mão de uma minoria. Os números continuam provando que o Piauí ainda continuam totalmente dependente de recursos de empregos públicos, de repasses carimbados do governo federal. Não nos contentamos com o governo que não conseguiu trabalhar e diminuir a quantidade de analfabetos no estado. É mais de meio milhão de analfabetos. Quais os resultados desse governo?”, questionou.
Segundo Marden Menezes, os resultados e avanços são tímidos, distante daquilo que foi prometido, léguas de distância do que a população do Piauí esperava.
“Foram dezenas de promessas, sem resultados práticos e concretos. O Piauí continua a ter os piores índices de desenvolvimento socioeconômicos do país., que tem IDH de 42,4% o Piauí possui uma média de 11,4% de IDH, pesquisados pelo IBGE e FGV. Dos cinco municípios mais pobres do Brasil, quatro estão no Piauí: Santo Antonio dos Milagres, São Miguel da Baixa Grande, São Luis do Piauí, Olho D´Água do Piauí”, ressaltou Marden Menezes, que acusou o governo estadual de continuar tentando “lavar as consciências das pessoas para encobrir a dependência ao poder central.
“Quais as perspectivas que esse projeto de governo, entre aspas, trouxe para o Estado? Qual a realidade vivida no Piauí. A decantada pela propaganda oficial ou a vivida pela população? Os avanços foram insignificantes e isso é passado como um verdadeiro milagre para a população”, acrescentou o tucano.
Gripe e mortes
Marden Menezes mudou o tema do discurso ao demonstrar preocupação com os casos de gripe H1N1 . “E não se vê ninguém do governo discutindo esses assunto. Aliás, transparência não é o forte desse governo. Não houve transparência sequer na transição. Não se sabe quanto o estado deve, como estão os contratos. Não houve e menor preocupação em tranqüilizar o povo do Piauí. Não houve e não há transparência nesse governo, que é, na verdade, uma enorme caixa preta, difícil de ser investigada, averiguada, porque até as respostas a essa Casa vem truncadas, com lacunas, que impossibilita a fiscalização”, acusou.
Segundo o deputado, o ex-governador Wellington Dias, a contrário de todos os outros, foi o que mais reuniu condições favoráveis para realizar as ações que prometeu. “Aqui o governo aprovou e deixou de aprovar tudo que quis, porque teve e tem ampla maioria aqui no parlamento. As reformas todas passaram sem dificuldade pelo Legislativo. O governador anunciou milhares de recursos que viriam para o Piauí e para onde foi tanto dinheiro? Na verdade, talvez não tenha chegado um terço do que foi anunciado.Agora anunciam o PAC 2, lançado sem que o PAC I tenha alcançado 5% de realizações. Dá para coinfiar num governo desse?”, indagou.
Marden falou também da Cepisa, que federalizada foi um fiasco na execução do Programa Luz Para Todos. “De propaganda esse governo é bom. Alguém sabe qual foi o programa de geração de emprego implantado nesse Estado para dar oportunidade para os jovens de ter emprego e renda? Não houve nenhum programa desse governo que priorizasse a juventude, mas ações individuais de deputados, como as leis de isenção das taxas do vestibular da Uespi e de participar de concurso público de forma gratuita. Não vamos cruzar os braços e aceitar calados esse desvirtuamento, essa manipulação de informações”, prometeu.
Ainda segundo o deputado do PSDB, Lula desistiu de vir ao Piauí para não passar vergonha pela incompetência do governo estadual. O deputado Antonio Félix, aparteando o orador, considerou a fala um “excelente discurso de reflexão”. E falou da dor da família de Campo Maior pela morte de um dos filhos, de nome Francisco Neto, por gripe suína. “É um alerta vermelho para o nosso Estado. Um rapaz de 19 anos morreu por gripe H1N1”.
Félix fez outro alerta sobre a falta de investimentos que coloca o Piauí como o Estado de quatro dos cinco piores municípios em pobreza.
Marden prossegiu o discurso afirmando que tem que acabar essa história de que o Piauí tem que se contentar com qualquer miséria. E lembrou as vítimas de Algodões I, a barragem que estourou em Cocal da Estação, matando 11 pessoas em 2009.
“Milhares de pessoas aguardam a devolução daquilo que lhes foi tirado. O maior exemplo da omissão do governo que aí está. O governador Wilson Martins governa com a mesma estrutura do PT por isso deverá ter o mesmo modelo de gestão que vinha sendo implantado nos últimos anos. Lamentamos porque conhecemos o trabalho dele e temos respeito. Engessaram o Wilsão. Quem indicou os secretários foram os mesmos que lá estavam. O Governo vai correr em 2010 usando um motor 2009”, comparou.
"E ainda quis criar um passa-fogo, criando privilégio, atitudes vergonhosas, inaceitáveis. Atitudes que não são dignas de elogios. Quem fez uma transição digna foi o prefeito Sílvio Mendes, que fez um balanço de sua administração, antes de sair, dizendo quanto deixava em caixa, as obras em andamento, transparência. Algo que foi esquecido pelo governo estadual, o que saiu e o que aí está, que ainda não prestou contas do que fez”, afirmou.
O deputado Paulo Martins (PT) também aparteou o discurso do parlamentar peessedebista para dizer que a oposição está no direito de criticar o governo estadual, mas que houve, sim, avanços no Piauí, graças à participação dos governos federal e estadual.
Citou a ponte estaiada e o HUT. Paulo Martins lamentou que os governos municipais vivem de fazer política com dinheiro público. “O papel do Estado é relevante em todos os municípios. Retomamos as obras do porto, inauguramos os aeroportos de São Raimundo Nonato e Parnaíba. Energia que era para poucos, hoje alcança todo o Piauí. Só em assentamentos são 13 mil casas”, destacou. “A aceitação desse governo é prova de que a população sabe que muito foi realizado”.
“Vossa Excelência precisa rever o que afirmou, pois disse que os prefeitos só sabem roubar. Essa generalização é muito séria. É um erro grave, que precisa ser reparado. Vossa Excelência não citou os municípios onde há obras do governo do Estado”, reclamou novamente o deputado, advertindo que a conclusão das obras não foi nenhum favor, mas uma obrigação do Estado. “Seria injusto cobrar apenas de Teresina o pagamento dessa conta da saúde pública. O Piauí não pode pagar pelo Tocantins, Pará, Maranhão”.
O deputado Wilson Brandão (PSB) disse que é normal um deputado de oposição ser mais incisivo nas colocações, nas cobranças, mas que havia reparos a serem feitos nas colocações de Marden Menezes.
Brandão falou sobre o município de Guaribas. “Conheço o município, sou votado lá e sei que a realidade é completamente diferente da que Vossa Excelência aqui colocou... São 107 hospitais de pequeno porte no Piauí, 54 unidades básicas de saúde, sendo 15 prontas e equipadas e 38 construídas. A realidade não é a que Vossa Excelência pinta. É bem diferente. Só no HGV foram aplicados R$ 46 milhões, Há a reforma da UTI e da obstetrícia do hospital estadual em Piripiri”, disse.
Wilson Brandão lembrou que todos esses investimentos aconteceram em meio à crise financeira mundial de 2008, que se repetiu em 2009 com reflexo agora em 2010. E frisou que apesar de ser uma continuidade do governo Wellington Dias, a gestão de Wilson Martins terá estilo próprio de governo, como tiveram Wellington Dias e Silvio Mendes.
“UTI não é só uma sala reformada, mas com equipamentos que nunca chegaram. As obras citadas são com recursos federais. A crise foi transposta por conta da sensibilidade desta Casa que autorizou empréstimos de R$ 1 bilhão para bancar essa conta e minimizar essa crise”, rebateu Marden Menezes.
O deputado Luciano Nunes (PSDB) se associou ao deputado Marden Menezes (PSDB) para lamentar o ataque do deputado Paulo Martins aos prefeitos municipais, que só se preocupavam em roubar e enriquecer. “Lamentavelmente tivemos que presenciar essa colocação, que com certeza será repensada pelo deputado”. Luciano Nunes destacou a descentralização da gestão pública. A conclusão do HUT é sim fruto de uma parceria dos governos. Ninguém faz favor a ninguém. Todos, sobretudo a população, está se servindo. É bom lembrar que esses poços também fazem parte das ações municipalizadas de saúde. Infeizmente o governo do Estado não tem cumprido com o que foi pactuado. Há atrasos de até seis meses em alguns municípios. Na educação não foi essa maravilha. Há ainda meio milhão de analfabetos. Falando de PIB, o Piauí ainda continua no fim da fila”, afirmou Luciano Nunes, antes de Marden concluir o discurso.
“Nos mantivemos firmes, incólumes, discordando desses modelo de gestão, porque não nos conformamos com o governo que em sete anos não conseguiu capitanear uma só indústria para gerar emprego e renda para o povo do Piauí”,reclamou.
“Não nos conformamos com o governo que concentrou a renda na mão de uma minoria. Os números continuam provando que o Piauí ainda continuam totalmente dependente de recursos de empregos públicos, de repasses carimbados do governo federal. Não nos contentamos com o governo que não conseguiu trabalhar e diminuir a quantidade de analfabetos no estado. É mais de meio milhão de analfabetos. Quais os resultados desse governo?”, questionou.
Segundo Marden Menezes, os resultados e avanços são tímidos, distante daquilo que foi prometido, léguas de distância do que a população do Piauí esperava.
“Foram dezenas de promessas, sem resultados práticos e concretos. O Piauí continua a ter os piores índices de desenvolvimento socioeconômicos do país., que tem IDH de 42,4% o Piauí possui uma média de 11,4% de IDH, pesquisados pelo IBGE e FGV. Dos cinco municípios mais pobres do Brasil, quatro estão no Piauí: Santo Antonio dos Milagres, São Miguel da Baixa Grande, São Luis do Piauí, Olho D´Água do Piauí”, ressaltou Marden Menezes, que acusou o governo estadual de continuar tentando “lavar as consciências das pessoas para encobrir a dependência ao poder central.
“Quais as perspectivas que esse projeto de governo, entre aspas, trouxe para o Estado? Qual a realidade vivida no Piauí. A decantada pela propaganda oficial ou a vivida pela população? Os avanços foram insignificantes e isso é passado como um verdadeiro milagre para a população”, acrescentou o tucano.
Gripe e mortes
Marden Menezes mudou o tema do discurso ao demonstrar preocupação com os casos de gripe H1N1 . “E não se vê ninguém do governo discutindo esses assunto. Aliás, transparência não é o forte desse governo. Não houve transparência sequer na transição. Não se sabe quanto o estado deve, como estão os contratos. Não houve e menor preocupação em tranqüilizar o povo do Piauí. Não houve e não há transparência nesse governo, que é, na verdade, uma enorme caixa preta, difícil de ser investigada, averiguada, porque até as respostas a essa Casa vem truncadas, com lacunas, que impossibilita a fiscalização”, acusou.
Segundo o deputado, o ex-governador Wellington Dias, a contrário de todos os outros, foi o que mais reuniu condições favoráveis para realizar as ações que prometeu. “Aqui o governo aprovou e deixou de aprovar tudo que quis, porque teve e tem ampla maioria aqui no parlamento. As reformas todas passaram sem dificuldade pelo Legislativo. O governador anunciou milhares de recursos que viriam para o Piauí e para onde foi tanto dinheiro? Na verdade, talvez não tenha chegado um terço do que foi anunciado.Agora anunciam o PAC 2, lançado sem que o PAC I tenha alcançado 5% de realizações. Dá para coinfiar num governo desse?”, indagou.
Marden falou também da Cepisa, que federalizada foi um fiasco na execução do Programa Luz Para Todos. “De propaganda esse governo é bom. Alguém sabe qual foi o programa de geração de emprego implantado nesse Estado para dar oportunidade para os jovens de ter emprego e renda? Não houve nenhum programa desse governo que priorizasse a juventude, mas ações individuais de deputados, como as leis de isenção das taxas do vestibular da Uespi e de participar de concurso público de forma gratuita. Não vamos cruzar os braços e aceitar calados esse desvirtuamento, essa manipulação de informações”, prometeu.
Ainda segundo o deputado do PSDB, Lula desistiu de vir ao Piauí para não passar vergonha pela incompetência do governo estadual. O deputado Antonio Félix, aparteando o orador, considerou a fala um “excelente discurso de reflexão”. E falou da dor da família de Campo Maior pela morte de um dos filhos, de nome Francisco Neto, por gripe suína. “É um alerta vermelho para o nosso Estado. Um rapaz de 19 anos morreu por gripe H1N1”.
Félix fez outro alerta sobre a falta de investimentos que coloca o Piauí como o Estado de quatro dos cinco piores municípios em pobreza.
Marden prossegiu o discurso afirmando que tem que acabar essa história de que o Piauí tem que se contentar com qualquer miséria. E lembrou as vítimas de Algodões I, a barragem que estourou em Cocal da Estação, matando 11 pessoas em 2009.
“Milhares de pessoas aguardam a devolução daquilo que lhes foi tirado. O maior exemplo da omissão do governo que aí está. O governador Wilson Martins governa com a mesma estrutura do PT por isso deverá ter o mesmo modelo de gestão que vinha sendo implantado nos últimos anos. Lamentamos porque conhecemos o trabalho dele e temos respeito. Engessaram o Wilsão. Quem indicou os secretários foram os mesmos que lá estavam. O Governo vai correr em 2010 usando um motor 2009”, comparou.
"E ainda quis criar um passa-fogo, criando privilégio, atitudes vergonhosas, inaceitáveis. Atitudes que não são dignas de elogios. Quem fez uma transição digna foi o prefeito Sílvio Mendes, que fez um balanço de sua administração, antes de sair, dizendo quanto deixava em caixa, as obras em andamento, transparência. Algo que foi esquecido pelo governo estadual, o que saiu e o que aí está, que ainda não prestou contas do que fez”, afirmou.
O deputado Paulo Martins (PT) também aparteou o discurso do parlamentar peessedebista para dizer que a oposição está no direito de criticar o governo estadual, mas que houve, sim, avanços no Piauí, graças à participação dos governos federal e estadual.
Citou a ponte estaiada e o HUT. Paulo Martins lamentou que os governos municipais vivem de fazer política com dinheiro público. “O papel do Estado é relevante em todos os municípios. Retomamos as obras do porto, inauguramos os aeroportos de São Raimundo Nonato e Parnaíba. Energia que era para poucos, hoje alcança todo o Piauí. Só em assentamentos são 13 mil casas”, destacou. “A aceitação desse governo é prova de que a população sabe que muito foi realizado”.
“Vossa Excelência precisa rever o que afirmou, pois disse que os prefeitos só sabem roubar. Essa generalização é muito séria. É um erro grave, que precisa ser reparado. Vossa Excelência não citou os municípios onde há obras do governo do Estado”, reclamou novamente o deputado, advertindo que a conclusão das obras não foi nenhum favor, mas uma obrigação do Estado. “Seria injusto cobrar apenas de Teresina o pagamento dessa conta da saúde pública. O Piauí não pode pagar pelo Tocantins, Pará, Maranhão”.
O deputado Wilson Brandão (PSB) disse que é normal um deputado de oposição ser mais incisivo nas colocações, nas cobranças, mas que havia reparos a serem feitos nas colocações de Marden Menezes.
Brandão falou sobre o município de Guaribas. “Conheço o município, sou votado lá e sei que a realidade é completamente diferente da que Vossa Excelência aqui colocou... São 107 hospitais de pequeno porte no Piauí, 54 unidades básicas de saúde, sendo 15 prontas e equipadas e 38 construídas. A realidade não é a que Vossa Excelência pinta. É bem diferente. Só no HGV foram aplicados R$ 46 milhões, Há a reforma da UTI e da obstetrícia do hospital estadual em Piripiri”, disse.
Wilson Brandão lembrou que todos esses investimentos aconteceram em meio à crise financeira mundial de 2008, que se repetiu em 2009 com reflexo agora em 2010. E frisou que apesar de ser uma continuidade do governo Wellington Dias, a gestão de Wilson Martins terá estilo próprio de governo, como tiveram Wellington Dias e Silvio Mendes.
“UTI não é só uma sala reformada, mas com equipamentos que nunca chegaram. As obras citadas são com recursos federais. A crise foi transposta por conta da sensibilidade desta Casa que autorizou empréstimos de R$ 1 bilhão para bancar essa conta e minimizar essa crise”, rebateu Marden Menezes.
O deputado Luciano Nunes (PSDB) se associou ao deputado Marden Menezes (PSDB) para lamentar o ataque do deputado Paulo Martins aos prefeitos municipais, que só se preocupavam em roubar e enriquecer. “Lamentavelmente tivemos que presenciar essa colocação, que com certeza será repensada pelo deputado”. Luciano Nunes destacou a descentralização da gestão pública. A conclusão do HUT é sim fruto de uma parceria dos governos. Ninguém faz favor a ninguém. Todos, sobretudo a população, está se servindo. É bom lembrar que esses poços também fazem parte das ações municipalizadas de saúde. Infeizmente o governo do Estado não tem cumprido com o que foi pactuado. Há atrasos de até seis meses em alguns municípios. Na educação não foi essa maravilha. Há ainda meio milhão de analfabetos. Falando de PIB, o Piauí ainda continua no fim da fila”, afirmou Luciano Nunes, antes de Marden concluir o discurso.
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