Médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde que atuam na atenção básica participam, nesta terça (2), quarta (3) e quinta-feira (4), em Teresina, da Oficina de Suporte e Atualização dos Módulos Operacionais de Atenção à Tuberculose em Municípios Prioritários, de iniciativa do Ministério da Saúde. A Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), participa do evento, que será realizado no Hotel Cabana, nos turnos manhã e tarde, sempre a partir das 8h.
O coordenador do Programa Municipal de Controle da Tuberculose da FMS, Reginaldo Soares, informa que a abertura oficial do evento será às 19h, desta terça-feira, com palestra proferida pelo coordenador nacional de Controle da Tuberculose, Dráulio Barreira. O objetivo da oficina é destacar a importância do tratamento supervisionado, com estratégia de maior controle da tuberculose. Na oportunidade, haverá a apresentação de novo esquema para tratamento da doença.
A pneumologista Tatiana Nunes, integrante do corpo técnico do Programa Municipal de Tuberculose, revela que ao atual esquema 1 de tratamento será incluída mais uma droga, chamada Etambutol. Em Teresina, segundo ela, a situação da tuberculose é considerada estável, não havendo incidência de crescimento, mas sim, de leve queda no número de casos nos últimos anos.
O Ministério da Saúde estabelece que 70% dos casos da doença devem ser detectados, e a cura precisa atingir um percentual de 85%. De acordo com Tatiana Nunes, Teresina vem alçando essa média, conforme os últimos dados notificados na Coorte (1º de abril de 2007 a 31 de março de 2008).
SAÚDE DA FAMÍLIA
Ela afirma que há uma parceria entre o paciente e os profissionais que atuam no Programa Saúde da Família (PSF) no tratamento da doença, que geralmente se estende por seis meses. Nos dois primeiros meses, há o tratamento supervisionado, no qual o agente comunitário de saúde visita o paciente três vezes por semana. Nos quatro meses restantes, o supervisionamento ocorre duas vezes por semana.
Em 2008, foi registrada uma incidência de 35,4 casos de tuberculose em todas as formas por cem mil habitantes em Teresina, com uma prevalência de 79% do tipo pulmonar, 19% do tipo extrapulmonar e 7,5% de co-infectados, com mortalidade 2,1 por cem mil habitantes. Ainda há um percentual de 7% daqueles que abandonam a doença, daí a importância, segundo a pneumologista, do tratamento supervisionado, com a participação das equipes da atenção básica.
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