A epidemia de arboviroses, que inclui doenças como dengue, Zika e chikungunya, pode custar ao Brasil R$ 20,3 bilhões em 2024, segundo um estudo da Fiemg. A previsão é baseada em dados do Ministério da Saúde , que estima que os casos dessas doenças devem chegar a 4,2 milhões neste ano.

O estudo considerou duas fontes principais de custos. A primeira é o desembolso direto em saúde, que inclui gastos com medicamentos, consultas e exames. A segunda é a perda de produtividade devido ao afastamento do trabalho em caso de infecção, que dura, em média, sete dias.

O valor estimado de R$ 20,3 bilhões é suficiente para cobrir o pagamento do programa Bolsa Família para três milhões de famílias por um ano. Isso resulta em uma redução da atividade econômica, com impacto negativo no PIB per capita, no emprego e na renda.

Além disso, há um impacto indireto na cadeia produtiva causado pela propagação da doença. O afastamento do trabalhador faz com que a empresa perca parte de seu potencial, consumindo menos insumos, por exemplo.

Em todo o país, a redução de produtividade levaria a uma perda de R$ 15,1 bilhões no ano, enquanto os gastos de saúde somariam R$ 5,2 bilhões. A pesquisa também prevê que a epidemia de dengue deve resultar na perda de 214.735 postos de trabalho no Brasil ao longo de 2024.