Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que a dengue causou mais mortes do que a covid-19 em 2024. Até a semana epidemiológica 40, foram registradas 5.618 mortes em decorrência da dengue, em comparação com 4.988 óbitos pelo novo voronavírus.
Desde o início do ano, o Brasil contabilizou 6.546.812 casos prováveis de dengue, enquanto a covid-19 teve cerca de 742,6 mil casos confirmados. A ministra da saúde, Nísia Trindade anunciou que 1.485 mortes estão sob investigação.
A situação é alarmante, com um aumento de 300% nos casos de dengue em relação ao mesmo período do ano anterior. Em setembro, o coeficiente de incidência atingiu 3,2 mil casos por 100 habitantes. Os estados mais afetados incluem São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e o Distrito Federal, que concentram 87,70% dos casos.
Comparando com os últimos cinco anos, o Brasil enfrentou um aumento de 432% nos casos de dengue. Um relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), publicado em 7 de outubro, contradiz os dados do Ministério, afirmando que foram registrados 9.569.467 casos até a semana 36, com um crescimento de 255% em relação ao ano passado.
A Opas também destacou 7.343 casos graves e uma letalidade de 0,055%, alertando que ações de prevenção devem ser intensificadas com a aproximação do verão, período crítico para a transmissão do mosquito.
Durante o lançamento do plano de ação do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfatizou a importância da prevenção, afirmando que “cada cidadão brasileiro é seu próprio médico no cuidado com a dengue”. Ele pediu que as pessoas cuidem de suas casas para reduzir os casos da doença. “Deus quiser, teremos o verão com menos dengue na história deste país”, também destacou o presidente.