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Viamão - Rio Grande do Sul

Líder de seita de “sexo livre” com crianças é alvo de operação no RS

Mulheres grávidas agredidas e abusos sexuais sob pretexto de “cura gay” estão entre as denúncias.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou na última quinta-feira (12), uma operação contra Adir Aliatti, de 69 anos, acusado de liderar uma seita que teria desviado mais de R$ 20 milhões de seguidores, praticado torturas e exposto crianças a cenas de sexo explícito.

Aliatti se apresentava como guru espiritual e líder da comunidade “Osho Rachana”, localizada em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Sob o pretexto de oferecer terapias para pessoas em estado de vulnerabilidade emocional, ele manipulava os participantes para que doassem dinheiro e bens, com a promessa de que seriam usados para o bem coletivo.


Foto: Divulgação/Policia Civil do Rio Grande do SulMomento da operação contra a seita
Momento da operação contra a seita

Entretanto, as investigações apontam que os recursos arrecadados eram utilizados para financiar viagens luxuosas, apostas em cassinos, aquisição de imóveis e outros gastos pessoais de Aliatti. Além disso, ele é acusado de empregar métodos coercitivos para manter os seguidores na comunidade, incluindo práticas como ozonioterapia retal forçada e manipulação psicológica.

Os relatos incluem agressões a mulheres grávidas, vítimas arrastadas pelos cabelos e abusos sexuais disfarçados como “cura gay”. Mulheres teriam sido obrigadas a participar de relações sexuais com vários homens dentro da comunidade. A polícia também investiga denúncias de que crianças foram expostas a atos sexuais entre os membros, embora, até o momento, não haja indícios de abuso sexual infantil.

A defesa de Adir Aliatti, representada pelo advogado Rodrigo Oliveira de Camargo, enviou nota à CNN, negando as acusações. “A defesa técnica refuta as alegações feitas pelos denunciantes e já se colocou à disposição das autoridades. Aliatti confia na Justiça e está disposto a prestar todos os esclarecimentos necessários nos momentos adequados. Até onde se sabe, a materialidade das acusações não se sustenta por falta de provas concretas”.

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