O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), disse à Folha de S. Paulo que as bancadas do PP e do Republicanos agora fazem parte da base de apoio do Governo Lula. Na entrevista, ele também confirmou que a Caixa está nas negociações com a gestão petista e reconheceu que as nomeações passarão por ele.
“Há uma aproximação de partidos de centro que não faziam parte da base do governo para essa adesão. É claro que, quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara [Caso de André Fufuca], a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como outros partidos”, disse.
O presidente da Câmara fez questão de dizer que fazer parte da base não garante que todos os filiados irão votar sempre com o Executivo. "Não [é possível], porque nenhum partido dá todos os votos. Mas acredito em uma base tranquila", afirmou.
Com a nova configuração, Lira calcula que agora o governo tem entre 340 e 350 votos, que é suficiente para aprovação de Propostas de Emenda à Constituição (PEC).
Indicações
Silvio Costa Filho, do Republicanos, e André Fufuca, do PP, foram acomodados nas pastas de Portos e Aeroportos e Esporte, respectivamente. Sobre as indicações na Caixa, ele afirmou: “Ali as coisas têm que ser tratadas com muita transparência e vão ser tratadas com muita clareza. E vão ter, claro, indicações políticas que não serão criminalizadas por isso. A turma terá responsabilidade. A exoneração é o primeiro convite para quem não andar corretamente.”
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