A Justiça Eleitoral decidiu pela cassação de mandato do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos) e pela aplicação de multa de R$ 433 mil. A decisão foi da juíza Márcia Santos Capanema de Souza, que também determinou que Crivella fique inelegível.
O ex-prefeito do Rio de Janeiro é acusado de montar um esquema que ficou conhecido como “Guardiões do Crivella”. Esse esquema, iniciado em 2020, impedia que equipes de reportagens fizessem seu trabalho sobre a saúde no Rio de Janeiro.
Ainda em 2020, a coligação “É a vez do Povo” do PT e do PCdoB ajuizaram uma ação em que acusavam Crivella de “prática de abuso de poder de autoridade e conduta vedada a agente público em campanhas eleitorais, com base na Constituição”.
Segundo a coligação, Crivella montou o esquema "monitorar e impedir a interlocução de cidadãos com profissionais de imprensa" e tinha como objetivo barrar informações sobre o sistema de Saúde do Rio no período eleitoral.
Na sentença, a juíza deixa disse que a decisão tem "caráter pedagógico-preventivo" e também demonstrava o repúdio à "conduta moral e ilegal perpetrada".
A defesa do ex-prefeito disse que já recorreu da decisão.
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