O presidente regional do MDB no Estado, senador Marcelo Castro, afirmou que não sente desconforto com a ausência de membros da bancada federal do Piauí em cargos do Governo Rafael Fonteles (PT-PI). A declaração do emedebista foi dada após a insatisfação do deputado Merlong Solano (PT) ser revelada em entrevista ao GP1 há poucos dias.
Sobre o assunto, o senador disse que a falta de espaço para os parlamentares de nível federal segue critérios de Fonteles e que, portanto, compreende a decisão do chefe do Palácio de Karnak em priorizar deputados estaduais na divisão dos cargos.
“Gosto de critérios, estando dentro do critério, para mim, está bom. Ruim é quando tem discriminação, tem para uns e não tem para outros. É um critério que Rafael está utilizando de só dar cargos para quem for deputado estadual, quem não for, não tem. No meu caso, não me queixo. Estou ajudando e quero que o Governo funcione bem e traga progresso”, pontuou Castro.
Mesmo se mostrando compreensível com os critérios adotados pelo governador Rafael Fonteles, Marcelo Castro afirmou que é natural o descontentamento de alguns aliados. “É claro que isso traz uma certa queixa de alguns, por exemplo, alguns deputados federais que têm filho estadual, não tem cargos, mas o filho tem. Quem não tem um filho estadual, pode se queixar”, disse o senador, aos risos.
A reclamação
Em recente entrevista ao GP1, Merlong Solano afirmou que Rafael Fonteles estava sobrevalorizando deputados estaduais, com isso, deixando a bancada federal desprestigiada quanto a espaços no Governo do Estado.
“Não gostaria de dizer a palavra desprestigiada, mas entendo que há uma sobrevalorização da bancada estadual para o Governo Rafael Fonteles. Acredito que para ter essa maior sustentação no legislativo estadual reduzir [o espaço dos deputados federais] foi uma consequência. [Vejo] uma certa dose de supremacia dos [deputados] estaduais sobre os deputados federais”, desabafou Solano.
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