O vice-governador do Piauí, Themístocles Filho (MDB), avaliou as manifestações contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorridas em Brasília nesse domingo (08). Ele evitou fazer juízo de valor sobre a responsabilidade do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha, mas ponderou que as mais variadas forças de segurança poderiam ter previsto as invasões ocorridas nesse domingo aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
“Ninguém pode estar afirmando isso [culpa de Ibaneis Rocha] agora. Isso no decorrer das investigações [será respondido]. Mas, quem é de polícia também luta para fazer algumas previsões. Eu imagino que quem é da polícia deveria saber que isso poderia acontecer”, afirmouThemístocles.
Para o vice-governador, o fato pegou a maioria dos brasileiros de surpresa, porém, ele disse que o momento serviu para unir as instituições. Themístocles Filho reforçou que o resultado das urnas precisa ser respeitado, mesmo que a diferença de votos não seja das maiores.
“O que aconteceu em Brasília, talvez 90% da população não imaginava, mas no meu entender, uniu todos os segmentos: judiciário, Ministério Público, Congresso Nacional e até países mais distantes, todos em prol da democracia. Ninguém quer que aconteça, quem manda é o resultado das urnas. A não ser que bote uma nova lei, só pode tomar posse se ganhar com 60%, 70% a mais e não é assim no Brasil e em nenhum país do mundo. Ganha aquele que tem o maior número de votos”, disse Themístocles.
O ocorrido
Manifestantes contrários ao presidente Lula (PT) ocuparam o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde desse domingo (08), por volta das 15h45. Antes, eles já haviam adentrado o Congresso Nacional. Os manifestantes foram flagrados passando por bloqueios que impedem a entrada de pessoas não credenciadas no Planalto.
Ministro da Justiça se pronuncia
Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Federal, se manifestou nas redes sociais diretamente da sede do ministério. “Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, declarou Dino na ocasião.
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