A disputa presidencial de 2022 sofreu alteração no seu quadro de pré-candidatos nesta quinta-feira, 31, com a saída de dois concorrentes. A primeira baixa foi do ex-juiz Sérgio Moro, que deixou o Podemos para se filiar ao União Brasil e disse abrir mão, "neste momento", de concorrer à Presidência. A segunda desistência foi do ex-presidente da Câmara e ex-ministro Aldo Rebelo, que tinha lançado no ano passado sua pré-candidatura à Presidência mesmo sem estar filiado a nenhum partido. Agora, filiado ao PDT, Rebelo pretende concorrer ao Senado por São Paulo.
Com as mudanças, a corrida presidencial passa a contar agora com 9 políticos. A polarização está entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição agora pelo partido de Valdemar Costa Neto.
Após simular que desistira da corrida presidencial para pressionar o PSDB, João Doria renunciou ao governo de São Paulo e disse que segue na disputa pelo Palácio do Planalto. Doria afirmou que os "boatos" sobre sua “desistência” da candidatura foi estratégia política para que o presidente do partido, Bruno Araújo, tivesse de se manifestar publicamente em apoio a seu nome, o que aconteceu por meio de uma carta direcionada aos principais líderes do partido.
Ciro Gomes, do PDT, se coloca como alternativa Lula-Bolsonaro. Em meio às movimentações de João Doria e de Sérgio Moro, o ex-ministro declarou, na quinta-feira, que não pretende desistir da corrida. “Muitos vão ceder, mas não serei eu”, disse.
A disputa ainda conta com a pré-candidatura de Simone Tebet (MDB), André Janones (AVANTE), Felipe d'Avila (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e Leonardo Péricles (UP).
Podem voltar ou entrar na disputa
Moro abriu mão da pré-candidatura à Presidência pelo Podemos para se filiar ao União Brasil, mas enfatizou em nota oficial que essa é uma decisão “neste momento”, deixando em aberto a possibilidade de concorrer ao cargo agora pelo novo partido. “Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, disse.
Apesar de Doria reafirmar sua candidatura, Eduardo Leite, derrotado pelo tucano paulista nas prévias do PSDB, segue fazendo articulações. Leite anunciou nesta segunda-feira, 28, que vai renunciar ao cargo no Executivo gaúcho, o que abre caminho para que ele dispute as eleições deste ano.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou que não descarta concorrer à eleição presidencial em outubro. “Em princípio, sim [seria candidato], mas o prazo está muito curto. Eu não tenho mais filiação partidária, me desliguei do PSB. E não procurei nenhum partido, estou tocando a minha vida”, afirmou Barbosa em março em entrevista ao jornalista Pedro Bial.
Desistiram da disputa
Antes de Aldo Rebelo e Sérgio Moro, outros dois pré-candidatos já tinham desistido da disputa: o senador Alessandro Vieira (PSDB), que na época estava na corrida pelo seu antigo partido Cidadania; e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que, por um tempo, foi a aposta do partido de Gilberto Kassab.
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