O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aceitou o nome de Ilan Goldfajn, indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), para ser candidato à presidência da instituição. Mesmo com o pedido de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, para que o nome não fosse escolhido.
Através de uma carta, Mantega também requisitou o adiamento da eleição, que está marcada para o dia 20 de novembro, mas a data foi mantida.
Cinco candidaturas foram apresentadas para disputar pelo cargo de Presidente do BID:
- Ilan Goldfajn foi nomeado pelo Brasil;
- Cecilia Todesca Bocco foi nomeada pela Argentina;
- Gerard Johnson foi nomeado por Trindade e Tobago;
- Gerardo Esquivel Hernández foi nomeado pelo México;
- Nicolás Eyzaguirre Guzmán foi nomeado pelo Chile.
Goldfajn é um técnico extremamente respeitado no país e foi indicado para concorrer ao comando do BID pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes, que passou por cima de divergências pessoais ao optar pelo seu nome. O BID é uma instituição multilateral responsável por US$ 12 bilhões em empréstimos para governos na América Latina, composta por 48 países membros.
Conforme pessoas que tiveram acesso à carta, Mantega diz falar em nome da equipe econômica do novo governo e afirma que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gostaria de indicar outro candidato.
Na última sexta-feira (11), em uma coletiva, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada Gleisi Hoffmann, afirmou que seria “de bom tom” o adiamento da eleição à presidência do BID.
“Nós não orientamos, mas eu acharia de bom tom eles adiarem. Nós temos um governo que foi eleito agora, não tem por que não esperar a posse do Governo pra fazer a indicação”, disse Gleisi.
Por meio de nota, o BID notificou que “o regulamento não prevê adiamento do processo”.
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