O deputado estadual Coronel Carlos Augusto (PL) rebateu nesta quinta-feira (2) as críticas de Marden Menezes (PSDB) sobre o projeto de lei encaminhado pelo governador Wellington Dias (PT,) que propõe a contratação de militares de forma temporária.
O parlamentar disse que Menezes não entendeu o projeto e ressaltou que a proposta não pretende autorizar a contratação de policiais militares que irão fazer as seguranças nas ruas. Conforme Carlos Augusto, as contratações que devem ser feitas são para profissionais que prestem serviço para a corporação por tempo determinado, como engenheiros, médicos e arquitetos.
“O Congresso Nacional, em 2019, aprovou a possibilidade de os estados contratarem militares temporários. Não é o policial de rua. As pessoas têm que entender que não é o soldado, o cabo, o sargento que faz a segurança da sociedade”, afirmou Carlos Augusto.
“Eu comandei a polícia e sei que precisamos, por exemplo, de assistência religiosa. A sociedade vai pagar um coronel pastor, um coronel padre para quê? Precisamos do pastor para pregar a palavra de Deus, do padre para pregar, para tratar da questão religiosa nos nossos eventos. Precisamos de médico. Por que ter um coronel médico? Temos que ter um médico. Precisamos de engenheiro, arquiteto para trabalhar de forma temporária, mas não precisamos deles por 30 anos”, continuou o parlamentar.
O coronel ressaltou ainda que há um prejuízo quando coloca profissionais de carreira dentro da corporação e quando tira policiais das ruas para exercer as funções. “Tiramos os policiais das ruas e colocamos nessas atividades porque não temos alternativas”, continuou o deputado.
Escolha por critério eleitoreiro
Carlos Augusto negou veemente que a escolha dos profissionais será feita com fins eleitoreiros e afirmou que haverá processo seletivo para a contratação dos militares.
“Não vai ter indicação política. Não vai ser indicado por A ou B. Está lá no projeto que terão testes seletivos como tem na Educação, como tem em todos os órgãos. Não temos o professor substituto, que é contratado temporariamente para determinada matéria? Lá, com a maior gravidade ainda, que lá é para atividade fim, lá temos que ter o concurso mesmo”, disparou o parlamentar.
“No quadro da Segurança Pública precisamos desses profissionais de forma temporária e o teste seletivo é uma forma de selecionar os melhores. O projeto não foi entendido em sua essência. Não há projeto nessa Casa de contratação de policiais militares temporários”, finalizou Carlos Augusto.
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