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Política

Polícia Federal pede ao STF indiciamento do senador Chico Rodrigues

O senador Chico Rodrigues já foi flagrado com R$ 33,1 mil dentro da cueca.

A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal o indiciamento do senador Chico Rodrigues no âmbito da Operação Desvid-19 – apuração sobre fraudes e desvio de verbas destinados ao combate da pandemia em Roraima – imputando ao parlamentar supostos crimes de peculato, advocacia administrativa, dispensa e fraude a licitação, lavagem de dinheiro e embaraço a investigação.

Durante a fase ostensiva das apurações, Chico Rodrigues foi flagrado com R$ 33,1 mil dentro da cueca. À época, o senador era vice-líder do governo no Senado. Em trecho do documento de 90 páginas apresentado ao STF, a PF diz que o senador ‘atuou, perante o poder público, em defesa e em benefício de interesses privados de outrem’.


As indicações constam no relatório final das investigações apresentado pelos delegados Luciana Matutino Caires e João Marcello Rodrigues Uchoa ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito no STF.

Os investigadores dizem que é possível ‘afirmar a existência de robustos indícios de autoria e materialidade do cometimento de delitos’ envolvendo não só Chico Rodrigues, mas também outras cinco pessoas, entre elas o ex-Secretário de Saúde do Estado de Roraima Francisco Monteiro Neto.

A PF atribui a Chico Rodrigues a participação no núcleo político do grupo investigado, apontando que o senador ‘demonstrou ter forte ingerência no Executivo estadual e em áreas estratégicas da administração pública direta e indireta, além do Judiciário’. Já Monteiro Neto faria parte do núcleo administrativo, que também contava com a participação de Francisvaldo de Melo Paixão, ex-coordenador da Central de Urgência e Emergência.

O grupo sob suspeita ainda contaria com outros dois núcleos: o econômico, formado por Jean Frank Padilha Lobato, apontado como ‘operador dos interesses de Chico Rodrigues em diversos órgão públicos’, além de representante de uma empresa beneficiada com as contratações supostamente fraudadas; e o financeiro, o qual Jean Frank também integraria, ai lado de Roger Henrique Pimeirel e Gilce de Oliveira Pinto, também representantes de empresas supostamente envolvidas no esquema.

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