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Política

Jair Bolsonaro decide se filiar ao PL para disputar a reeleição

Se não houver imprevistos, a ideia é fazer a cerimônia de filiação de Bolsonaro no dia 22.

O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo e decidiu disputar a reeleição pelo PL, em 2022. A filiação ao Partido Liberal ocorrerá ainda neste mês e representa sua nona mudança de sigla desde que ingressou na política, em 1988. Bolsonaro preferiu o PL ao Progressistas (PP), com quem vinha negociando, por avaliar que terá ali mais autonomia para influenciar nas decisões da Executiva e nos diretórios regionais do que teria em outra legenda.

Presidente nacional do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto confirmou ter conversado nesta segunda-feira, 8, com Bolsonaro, que avisou já ter comunicado sua decisão ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. “Ele disse para mim que falou com o Ciro hoje. E que o Ciro entendeu. Então, vamos tocar para frente o assunto e ver quando vamos fazer essa filiação”, afirmou Costa Neto ao Estadão. Ciro é o presidente do Progressistas, mas se licenciou da função, e também da cadeira de senador, quando foi nomeado para a Casa Civil, no fim de julho. Mesmo assim, é ele quem conduz as negociações mais importantes do partido.


“Hoje, o presidente me informou que conversou com o Ciro e que falou com os outros partidos. Porque ele tem de se entender com todos. E nós temos de nos entender para que todos sejam atendidos. Porque política é isso”, destacou Costa Neto.

Mais cedo, o próprio Bolsonaro afirmou à CNN que estava “99% fechado” com o PL e que se reuniria com a cúpula do partido na próxima quarta-feira, a fim de acertar os detalhes da filiação. “A chance de dar errado é quase zero", disse Bolsonaro à CNN.

Se não houver imprevistos, a ideia é fazer a cerimônia de filiação de Bolsonaro no dia 22, justamente por ser este o número do PL e também o ano da eleição.

Agora, no entanto, o partido de Ciro Nogueira poderá ter o vice na chapa encabeçada por Bolsonaro. Mas o nome deverá ser indicado de comum acordo com o presidente.

Desde novembro de 2019 Bolsonaro está sem partido. Após ter brigado com o comando do PSL, ele tentou fundar o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu as assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tentou, então, entrar em vários outros partidos, como Republicanos, PRTB e Patriota, mas enfrentou uma série de obstáculos porque sempre apresentava a exigência de mandar no partido, inclusive no caixa.

Os partidos de Bolsonaro:

-PDC (1989–1993)

-PP (1993)

-PPR (1993–1995)

-PPB (1995–2003)

-PTB (2003–2005)

-PFL (2005)

-PP (2005–2016)

-PSC (2016–2018)

-PSL (2018–2019)

O peso do PL:

-43 deputados federais

-4 senadores

-1 governador (Cláudio Castro, do Rio de Janeiro)

-345 prefeitos

-46 deputados estaduais

-3467 vereadores

-Fundo Eleitoral: R$ 117,6 milhões em 2020

-Fundo Partidário: R$ 45,7 milhões 2020 oitavo lugar

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