A aprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alcançou em agosto os seus melhores índices desde março de 2019, de acordo com levantamento da XP com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). A pesquisa, que confirma a tendência de retomada na popularidade registrada em julho, foi divulgada nesta segunda-feira (17). O grupo das pessoas que considera o governo ótimo ou bom saltou de 30%, no mês passado, para 37% este mês. No mesmo período, os que veem o governo como ruim ou péssimo caíram de 45% para 37%, o menor índice desde agosto de 2019.
De acordo com a XP, toda a melhora de popularidade foi registrada nos estratos da população que concentra os pedidos do auxílio emergencial, benefício de R$ 600 aprovado pelo Congresso e pago pelo governo durante a pandemia do coronavírus. Entre os entrevistados com renda de até 2 salários mínimos, a aprovação de Bolsonaro cresceu de foi de 28% para 34%. Já entre os que têm renda de 2 a 5 salários mínimos, a avaliação do governo saltou de de 32% para 44%.
A pesquisa realizou 1.000 entrevistas por telefone de amostragem nacional nos dias 13, 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para um índice de confiança de 95%.
Além da aprovação, há outros indicadores positivos para o governo federal, como expectativa positiva para o restante do mandato, que cresceu de 33% para 37%, o maior índice desde abril deste ano. O grupo que acha que o restante do mandato de Bolsonaro será ruim ou péssimo caiu de 43% para 36% entre julho e agosto. Embora as pessoas críticas aos rumos da economia ainda sejam a maioria, o grupo está ficando menor: caiu de 52% para 46%. O número de brasileiros que acredita que a economia está no caminho certo cresceu de 33% para 38%.
A tendência positiva para o mandatário também foi registrada pela pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (13), segundo a qual Bolsonaro alcançou seu melhor índice de aprovação popular desde o início do mandato, com 37% dos brasileiros avaliando a gestão ótima ou boa, ante 32% em junho.
Ainda de acordo com a XP, a maioria das pessoas, 70%, acredita que o auxílio emergencial deveria ser prorrogado com o valor atual, de R$ 600, até o final do ano. Outros 14% são favoráveis à prorrogação, mas com uma parcela inferior. Já 11% creem que o benefício não deveria ser prorrogado e 5% não souberam responder.
A pesquisa também registrou que a população está gradativamente perdendo o medo do coronavírus. O índice de pessoas que diz estar com muito medo está atualmente em 33% da população, o menor desde março. Essa parcela da população já chegou a concentrar 48% das pessoas. O grupo de pessoas que diz não ter medo representa 28%, maior índice desde março. Além disso, 38% dizem estar com um pouco de medo. O levantamento da XP mostra ainda que a maioria das pessoas, 52%, acredita que o pior da pandemia já passou, contra 41% que acham que o pior ainda está por vir e 8% que não souberam responder.
A parcela das pessoas que acham que a atuação do presidente Bolsonaro foi ruim ou péssima no enfrentamento à covid-19 oscilou de 52% em julho para 50% em agosto. A avaliação de que o enfrentamento do mandatário foi ótimo ou bom oscilou de 25% para 24%. O grupo que acha que a gestão da pandemia foi regular variou de 21% para 22% e o conjunto de pessoas que não soube responder variou de 3% para 4%.
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