O subprocurador-geral da República, Augusto Aras, é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, 25, para o cargo de Procurador-Geral da República. Ele foi o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar o Ministério Público Federal (MPF) e precisa ter o nome aprovado pela Casa para comandar o MPF pelos próximos dois anos.
Baiano de Salvador, o subprocurador-geral da República Antônio Augusto Brandão de Aras tem 60 anos e integra o Ministério Público Federal desde 1987. É o atual coordenador da 3.ª Câmara de Coordenação e Revisão (CCR), que atua em matéria econômica e do consumidor.
O subprocurador-geral atuou ainda nas 1.ª e 2.ª Câmaras de Coordenação e Revisão que tratam de questões administrativas e criminais, respectivamente, além de integrar o Conselho Superior do Ministério Público Federal.
Ele enfrenta resistência por ser sócio do escritório de advocacia Aras e Advogados Associados, que mantém com seu pai, o ex-deputado Roque Aras.
A atividade paralela é permitida pelo fato de o indicado de Bolsonaro a procurador-geral da República ter ingressado no Ministério Público antes da Constituição de 1988.
Depois desse marco, um procurador não pode acumular a advocacia. Mesmo legal no seu caso, a atuação simultânea de Aras como advogado e procurador provoca questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse.
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