Nesta quinta-feira (19), houve troca de farpas entre Robert Rios (DEM) e Francisco Limma (PT), que é líder do governo na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Os dois discursaram e enquanto Francisco Limma destacou o empenho do governo para enfrentar a crise, o deputado Robert afirmou que estão ocorrendo atrasos constantes nos salários dos servidores e negou que a oposição está querendo atrapalhar a gestão do governador Wellington Dias (PT).
Robert Rios não poupou críticas ao governo na sessão plenária. “O Piauí hoje é uma sucata. Muitos órgãos importantes não estão conseguindo pagar os seus funcionários, os hospitais estão em situação precária, o governo precisa parar com as mentiras”, criticou o parlamentar.
- Foto: Lucas Dias/GP1Robert Rios
Ele ainda afirmou que a oposição não está querendo prejudicar o governo e que colabora com a gestão de Wellington Dias. “A oposição quer junto com o governo encontrar uma saída para a crise. A oposição tem como contribuir, mas o governador não pode achar que é autossuficiente e ele será o responsável pela crise que se avizinha”, afirmou.
Em entrevista a imprensa, Francisco Limma comentou que a demora na liberação da segunda parcela do empréstimo de R$ 600 milhões e ainda o de R$ 315 milhões, firmados com a Caixa Econômica Federal, afeta as contas do governo e destacou que está sendo feito o possível para que a situação não piore.
“É um grande desafio. O Piauí tem sido um dos poucos estados que não atrasou os salários dos efetivos, mas não significa que se está em céu de brigadeiro. Tem muitas limitações. Ou você aumenta a receita, ou reduz as despesas, então esse é o caminho normal da gestão. Eu confio muito no governador e na sua equipe econômica, de que vamos contornando a situação, buscando caminhos, fazendo esse debate com a oposição”, afirmou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Francisco Lima
Ele criticou as denúncias constantes da oposição e afirmou que isso prejudica o governo. “A estratégia da oposição é de ficar fazendo denúncias, o que eu até chamei de disco furado. Cabe a Caixa Econômica avaliar se os documentos atendem ou não, a gente tem o papel de fiscalizar, mas uma denúncia atrás da outra vai dificultar a situação financeira. A não entrada desse recurso no estado vai afetar a economia. A não ser que a intenção seja inviabilizar a situação do estado. Todos os esforços têm sido no sentido de viabilizar mais recursos para o Piauí. Então é esse o desafio", pontuou.
O líder do governo ainda defendeu a legalidade dos empréstimos que estão sendo alvo constante de questionamentos por parte da oposição. “A operação de crédito é legal. Um contrato não tem nada haver com o outro, o empréstimo de R$ 315 milhões é diferente do outro de R$ 600 milhões. Não tem nenhuma ilegalidade no que foi feito. Portanto, o governo está trabalhando para que os recursos entrem. Isso é como travessia de rio, se o rio estiver agitado, a gente busca outros caminhos. Não saindo os empréstimos, o governo vai trabalhar com duas estratégias, aumentar a arrecadação e reduzir as despesas”, finalizou.
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