O juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, a 11 anos de prisão, em regime fechado, no âmbito da Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença é desta quarta-feira (07).
Bendine foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht para facilitar contratos entre a empreiteira e a estatal. O ex-presidente já está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com a sentença, a progressão do regime fica condicionada à devolução do “produto do crime”.
- Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoAldemir Bendine é condenado a 11 anos de prisão
Ainda foram condenados, André Gustavo Vieira da Silva (6 anos, 6 meses e 20 dias), Marcelo Odebrecht (10 anos e 6 meses), Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis (8 anos e 6 meses) e Álvaro José Galliez Novis (4 anos e 6 meses). Já Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, denunciado na ação, foi absolvido por falta de provas.
Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, ficou preso por dois anos e meio e, desde dezembro do ano passado, cumpre prisão domiciliar.
A defesa de Aldemir Bendine diz que vai recorrer da sentença porque ele não é culpado das acusações e pelo caráter elevado da pena, visto que, segundo ela, Bendine foi absolvido das acusações de integrar organização criminosa, de obstruir a Justiça, de duas das três acusações de corrupção e de seis das sete acusações de lavagem de dinheiro.
Já o advogado de Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior lamentou o fato dele ter sido preso preventivamente mesmo com a apresentação de informações de que não havia provas contra ele e considerou a situação irreparável.
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