O governador Wellington Dias e o secretário estadual da Segurança Pública, Fábio Abreu, participaram, na tarde desta quinta-feira (01), de uma reunião entre os governadores e o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. O principal assunto do encontro foi segurança pública.
Temer anunciou, na reunião, uma linha de financiamento de R$ 42 bilhões – a maior parte oferecida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) – para investimentos em segurança pública, como reequipamento das polícias estaduais.
Em entrevista à imprensa, Wellington explanou sobre o resultado do evento: “Para um primeiro encontro não foi completo, como todos nós esperávamos. Há reconhecimento de que os criminosos se organizaram a nível nacional e até global, então nós temos uma situação que não dá pra tratar a nível local e atacar numa operação apenas um estado, como o Rio de Janeiro, faz o crime se espalhar pelo Brasil inteiro. Ora, os criminosos vivem do negócio de vender drogas, de armas, assaltos a bancos, que envolve muito dinheiro”, afirmou.
- Foto: André OliveiraGovernador Wellington Dias
“A primeira constatação é a necessidade de se trabalhar uma integração de todas as forças, recursos humanos, materiais, inteligências e dinheiro também para se ter uma operação nacional e isso faz com que a gente tenha um resultado melhor, segundo, não tem jeito, precisa de dinheiro. Há necessidade de se ter, como se fez com a saúde e educação, a integração dos recursos já existentes, dos estados, da União, assim como de uma fonte nova”, defendeu o governador.
Wellington explicou que nesse sentido, de fonte nova, existe uma proposta que deve ser votada ainda no mês de março: “O presidente do Senado, Eunício Oliveira, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apresentaram projeto e a proposta, que é para ser votada ainda no mês de março, que coloca a existência de fundo nacional não contingenciado, e ainda dando suporte a um sistema e plano nacional”, explicou.
- Foto: Palácio do PlanaltoTemer se reúne com governadores para tratar de segurança pública
O secretário Fábio Abreu falou mais sobre esse fundo: “É uma alternativa que foi ventilada e que eu acho que é muito mais efetiva e rápida, que é a do fundo soberano que existe na União, da Previdência, que passa para o estado um percentual que deixaria de ser investido na previdência estadual e passaria direto para a Segurança Publica, então, sendo viabilizado esse processo, acredito que é o que teremos de mais imediato”, declarou.
“Foram apresentados alguns pontos, que a gente acredita que possam realmente surtir efeito, lógico que da nossa necessidade seria muito mais imediato, mas apontamentos como empréstimo de R$ 5 bilhões que vai ser ofertado aos estados, em que à medida que nós tivermos essa autorização ou liberação burocrática por parte do BNDES, os nossos projetos já estão prontos, então é algo que a gente está pronto para receber, logicamente, o governador é quem vai autorizar essa questão do empréstimo”, relatou.
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