A vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, disse que a intervenção militar no estado do Rio de Janeiro, decretada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16), é “preocupante”. A progressista acredita que a medida fere o estado democrático de direito.
“Uma intervenção é um ato de extrema força, é um ato que inclusive é contrário às práticas normais da democracia e do nosso estado democrático de direito, que é a independência entre os entes federativos e a União”, comentou a vice-governadora.
- Foto: Lucas Dias/GP1Vice-governadora Margarete Coelho
Ainda segundo Margarete, estamos vivendo um momento de “insegurança” com o decreto. “Uma insegurança enorme de como o que vai decorrer desse ato, claro que se entende que o governador do estado do Rio de Janeiro se declarou acima dos seus limites de controlar a situação e recorreu à União, mas vamos depender muito de como essa intervenção vai correr”, continuou a progressista.
O governador Wellington Dias já havia se posicionado contrário à medida, que foi aprovada pelo Senado na noite de terça (20). “Eu entendo a posição do governador Wellington Dias, é um momento de extrema gravidade e que nós temos um dos maiores estados do Brasil em termos de economia e de população sob intervenção e vemos outros estados pleitearem também a intervenção, o que deveria ser um ato de última força, então é preocupante. Realmente é de estarmos todos em estado de alerta.”, afirmou Margarete.
Intervenção no Piauí
O prefeito da cidade de Parnaíba e ex-senador Mão Santa enviou na segunda-feira (19) um ofício para o presidente Michel Temer pedindo que o Piauí entrasse na lista de estados para intervenção do Exército Brasileiro. No documento, Mão Santa faz críticas ao secretário de Segurança Fábio Abreu e ao Comandante da Polícia Militar, Coronel Carlos Augusto.
Procurados pelo GP1, o secretário Fábio Abreu ironizou o pedido do ex-senador e disse que aguarda o posicionamento do presidente Michel Temer. O Coronel Carlos Augusto disse que “a segurança pública é um reflexo do que eles [gestores] deixam de fazer”.
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