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Política

Wellington Dias quer manutenção da prisão dos policiais do caso Emilly

Familiares da menina Emilly Caetano, morta por policiais militares no dia 26 de dezembro, participaram de uma reunião com o governador Wellington Dias, na manhã desta segunda-feira (08), no K

Familiares da menina Emilly Caetano, morta por policiais militares no dia 26 de dezembro, participaram de uma reunião com o governador Wellington Dias, na manhã desta segunda-feira (08), no Palácio de Karnak. Estiverem presentes ainda os secretários de Justiça, Assistência Social e Educação, Daniel Oliveira, Zé Santana e Rejane Dias, respectivamente.

O advogado da família, Thales Cruz, explicou como foi a reunião: “Ele [governador] disse que foi bem incisivo quando fez a reunião com o comandante da Polícia Militar, cobrando que fossem tomadas as providências para a manutenção da prisão dos policiais envolvidos”, contou.


  • Foto: Jorge BastosWellingtom Dias se reúne com família de EmillyWellingtom Dias se reúne com família de Emilly

Thales contou que durante a reunião o governador se comprometeu em ajudar à família: “Em relação à família ele colocou o Estado à disposição, deu toda a estrutura do Estado ao que a família precisar, mas de antemão já disponibilizou atendimento médico no CEIR ao Evandro, que está necessitando com mais urgência por conta da audição que ele perdeu, e atendimento psicológico e psiquiátrico se necessário for para toda a família. Em relação à questão da moradia, que o Evandro tá morando com o sogro, o governador pediu para que o secretário Zé Santana e o secretário Daniel Oliveira providenciassem junto à ADH uma moradia pra eles aqui em Teresina e além dessa moradia ele prometeu e já autorizou que o secretário Santana verifique um pagamento mensal pra servir de renda porque hoje o Evandro e a família toda estão sem renda, uma vez que o Evandro era músico e o sogro era baixista da banda e dependia diretamente do Evandro e agora estão dependendo de doações”, relatou.

  • Foto: Facebook/Dayanne Evandro Emíle foi morta durante abordagem policial Emilly foi morta durante abordagem policial

Sobre o tempo de duração desse pagamento o advogado respondeu: “Ele não falou nem quando seria implantando e nem por quanto tempo, apenas autorizou ao secretário que providencie o mais breve possível”.

Questionado se a família vai entrar com ação de indenização contra o Estado, Thales garantiu que sim: “Vai, essa parte da indenização contra o Estado vamos analisar outro pedido se houver necessidade. A Justiça está de recesso ainda, agora no retorno dia 20 de janeiro já vamos estar com a ação pronta para dar entrada porque o único meio que o Evandro e a família vão ser indenizados é por meio da justiça”, afirmou.

Liminares

Wellington disse ainda, segundo o advogado, que conversou com os desembargadores do Tribunal em relação às liminares que estão sendo deferidas: “Inclusive neste concurso 22 liminares já foram deferidas pra 22 pessoas que não foram aprovadas no teste psicotécnico, quatro a corporação já foi intimada e outras 18 ainda não foi notificados, mas deve ser brevemente”, declarou o advogado.

Relembre o caso

Emilly Caetano da Costa, de 9 anos, morreu, no dia 26 de dezembro, após ser atingida com dois tiros durante uma abordagem da Polícia Militar na Avenida João XXIII, localizada na zona leste de Teresina, na noite do dia 25 de dezembro de 2017. A criança, juntamente com os pais e duas irmãs, estavam em um veículo modelo Renault Clio.

Evandro Costa e Dayanne Costa, pais de Emilly, também foram baleados dentro do carro. Os dois policiais, Aldo Luís Barbosa Dornel e Francisco Venício Alves, que participaram da ação estão presos no presídio militar.

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