Nesta quarta-feira (21), a Justiça de Brasília negou o pedido feito pela defesa dos irmãos Joesley Batista, Wesley Batista e de executivos da JBS de suspender as medidas cautelares. Eles queriam, entre outras solicitações, poder vender ao grupo Minerva frigoríficos que foram adquiridos por meio de financiamento do BNDES.
A venda, que foi fechada no início deste mês por US$ 300 milhões, envolve todas as ações das subsidiárias da JBS com operações de carne bovina nos países da Argentina, Paraguai e Uruguai.
Esse foi o primeiro negócio de venda de ativos da empresa realizado desde os escândalos da operação Carne Fraca e a delação premiada dos donos da JBS, que colocaram a empresa no centro do noticiário político.
Porém, para o juiz da 10ª vara federal de Brasília, Ricardo Leite, é "prematura qualquer decisão judicial para liberar a venda de ações" requerida pelo grupo.
De acordo com o G1, Ricardo Leite escreveu que financiamentos do BNDES para o grupo são alvo de investigação na operação Bullish, e que as medidas cautelares com proibições de fecharem negócio devem ser mantidas para garantir a instrução do processo.
Segundo a defesa dos irmãos Batista, como os dois haviam fechado acordo de delação premiada, as medidas cautelares impostas pela Justiça deveriam cair.
Nesta quarta, Joesley prestou depoimento na Polícia Federal (PF) em Brasília, para esclarecer supostas irregularidades nos contratos firmados entre o frigorífico JBS e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O caso é investigado pela Operação Bullish.
Ver todos os comentários | 0 |