Nesta segunda-feira, o PSDB irá se reunir para discutir o rompimento com o governo, mas deve adiar a decisão. Para evitar uma saída do partido da base aliada, o governo de Michel Temer sinaliza apoiar a candidatura tucana na eleição de 2018 e no conselho de ética do Senado para salvar o mandato de Aécio Neves, em um eventual processo.
O PSDB tem hoje dois principais pré-candidatos à Presidência: o governador Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria.
No início do mês, Temer esteve reunido com Alckmin para pedir ao governador que desmobilizasse a debandada do PSDB de São Paulo. Alckmin tem trabalhado neste sentido.
Já no conselho de ética, o Planalto sinaliza à ala tucana ligada a Aécio Neves que, em troca de apoio, pode trabalhar contra a cassação do mandato do senador, gravado em delação da JBS e denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
- Foto: Felipe Rau/Estadão ConteúdoGeraldo Alckmin e Michel Temer
O senador foi denunciado ao STF por corrupção passiva e obstrução de Justiça. Para manter o PSDB no governo, Temer sinaliza aos tucanos que trabalhará para evitar a cassação de Aécio.
Segundo o blog da jornalista Andrea Sadi no G1, o senador Romero Jucá, líder do governo, tem sido um dos principais interlocutores de Temer na Casa. Jucá também é presidente do PMDB.
O senador João Alberto (PMDB), aliado de Jucá, Temer e José Sarney, é o presidente do conselho de ética. Alberto já tem sinalizado a senadores que pode protelar o processo de cassação de Aécio.
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