Nesta segunda-feira (12), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia disse por meio de sua assessoria que não “há o que questionar quanto à palavra” do presidente Michel Temer, que negou que tenha acionado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar o ministro Luiz Edson Fachin.
A revista Veja publicou nesse fim de semana, um a matéria sobre o suposto uso da Abin por Temer. Segundo a publicação, o ministro do Supremo, Edson Fachin, relator do inquérito contra o presidente Michel Temer, estaria sendo monitorado pela Abin a pedido do Palácio do Planalto. A ação teria como objetivo buscar fragilidades que poderiam colocar em xeque a atuação do ministro.
Depois que a notícia veio a público, Temer ligou para Cármen Lúcia, segundo o blog da jornalista Cristiana Lôbo no G1, para negar que tenha acionado a Abin contra o ministro.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/Dida Sampaio/Estadão ConteúdoPresidente Michel Temer e ministra Cármen Lúcia
A ministra informou ainda que, com a negativa de Temer, ela não vai adotar “qualquer providência” sobre a notícia.
“O presidente da República garantiu não ter ordenado qualquer medida naquele sentido. Não há o que questionar quanto à palavra do presidente da República”, diz o comunicado divulgado no início da tarde desta segunda. Ainda segundo a ministra, "o tema está, por ora, esgotado”.
No último sábado (10), a ministra Carmen Lúcia divulgou nota, onde disse é “inadmissível” esse tipo de atitude contra o Supremo, e que segundo ela, iniciativas como esta são "próprias de ditaduras".
Ver todos os comentários | 0 |