O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em primeira instância, decidiu rejeitar o pedido da defesa da mulher do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), Cláudia Cordeiro Cruz, para não ser julgada pelo juiz, mas sim na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Com a decisão, Cláudia deve ser interrogada no próximo dia 14 de novembro pelo juiz, para que ela se manifeste sobre as acusações da Lava Jato. “E a alegação de que as condutas imputadas à acusada Cláudia Cordeiro Cruz não estariam relacionadas à corrupção na Petrobras não faz sentido, pois é ela acusada exatamente de ocultação e dissimulação de produto de crime de corrupção no esquema criminoso da Petrobrás”, disse o juiz. “Se houve ou não lavagem, se agiu ela ou não com dolo (intenção), é questão de mérito e não de competência”, concluiu.
- Foto: Facebook/Sérgio MoroSérgio Moro
De acordo com informações do Estadão, atualmente Cláudia é acusada de evasão e lavagem de pelo menos US$ 1 milhão em contas não declaradas no exterior. Segundo a Procuradoria da República, esses valores vieram de propinas recebidas por Eduardo Cunha para “viabilizar” a aquisição, pela Petrobras de 50% de um bloco em um campo de exploração na costa do Benin, na África.
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