O presidente Michel Temer deve anunciar nas próximas horas o substituto de Geddel e disse a aliados que ele próprio {Michel Temer] fará a coordenação política para a votação da PEC do Teto, considerada fundamental para o ajuste e a recuperação da economia.
Para tentar virar a página da crise política enfrentada pelo governo que se agravou esta semana, auxiliares de Temer têm minimizado o impacto das votações no Congresso e dizem acreditar que a saída de Geddel ajudará a pacificar a crise. “Não é que acabe, mas acalma”, disse um interlocutor.
- Foto: Renato Costa/Estadão ConteúdoPresidente Michel Temer em reunião com ministros
Durante a semana, Temer conversou algumas vezes com Geddel e em pelo menos duas vezes, sugeriu que ele deixasse o cargo para se defender das denúncias. “Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair”, escreveu ao presidente, a quem chamou de “fraterno amigo”. O agora ex-ministro pediu desculpas e disse que diante “da dimensão das interpretações dadas” fez uma “profunda reflexão” sobre o quadro.
A saída de Geddel acontece uma semana depois da saída de Marcelo Calero, do Ministério da Cultura. De acordo com informações do Estadão, na avaliação de interlocutores do presidente, esta foi a demissão que ele mais sentiu porque atinge o “núcleo duro” do Planalto.
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