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Política

Policial do Senado denuncia missão 'secreta' para Sarney

Segundo o policial, a ação não foi registrada.

O policial legislativo Paulo Igor Bosco Silva, autor da denúncia que originou a operação da Polícia Federal no Senado na última sexta-feira (21), afirmou que seus colegas cumpriram uma missão “secreta” no escritório particular do ex-presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), em Brasília.

O objetivo era descobrir se o local estava grampeado por eventuais escutas ambientais e telefônicas. De acordo com o Estadão, Paulo disse que a varredura de grampos realizadas no escritório de Sarney, foi feita por meio de uma “ordem de missão oculta”, não numerada, que teria ocorrido em julho de 2015, quando o ex-parlamentar não exercia cargo público.


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“Muitas vezes a emissão de ordem de missão vinha não numerada. Uma ordem de missão não numerada é aquela que está inscrita no papel, mas não entra no controle. Tem a ordem 1,2,3,4, 5 e, a partir do momento que emito uma sem numeração, significa que ela não está entrando no controle. Isso aconteceu na do Sarney”, afirmou o policial. “Ordem de missão não numerada não é normal porque todo documento oficial tem que ter um controle do órgão.” 

Investigações da Polícia Federal apontam que um grupo de policiais legislativos, liderado pelo diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, “tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da PF em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência”. Entre os beneficiados também foram citados os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Gleisi Hofmann (PT-PR), além do ex-senador Lobão Filho (PMDB-MA).

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