O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou o relatório apresentado pelo relator da Reforma Política Marcelo Castro (PMDB). O parecer propõe mudanças no atual sistema político brasileiro, entre elas o fim da reeleição e a criação do chamado “Distritão”. As críticas de Cunha vêm um dia antes da votação do relatório final.
Eduardo Cunha sugere que a votação ocorra apenas na quinta-feira (21) ou terça-feira (26) da próxima semana. “Acho que se votar sem evoluir o debate, a gente pode inviabilizar a votação. É preferível até que a comissão não vote, que leve para plenário", disse.
O presidente da Câmara criticou a atitude de Marcelo Castro de alterar a duração do mandato dos senadores. Em uma série de recuos, o relator inicialmente propôs um mandato de 5 anos, depois dobrou o período para 10 anos e posteriormente voltou à ideia inicial, de 5 anos de mandato. "Quando os deputados falam que vão alterar mandato de senador é quase que uma agressão. Já sabem que não vai passar lá. É uma falta de perspicácia política você querer impor o tamanho do mandato no Senado, é até falta de inteligência política", afirmou Eduardo Cunha. Ele convocou para quarta-feira (20) uma reunião entre os líderes partidários para discutir a reformulação do sistema político.
Diante de um relatório com vários pontos controversos, o que pode dificultar a votação, Cunha admite a possibilidade de a proposta ser fatiada em plenário. O presidente da Câmara propõe que a análise seja iniciada pelo sistema eleitoral, e seguir na apreciação do fim da reeleição, da coincidência de mandatos e do modelo de financiamento de campanha.
"Relatório a gente solta para mexer. Reforma política é igual Seleção Brasileira: essa é a escalação do relator. Ele gosta de um jogador que eu não gosto, é por aí", afirmou Cunha.
Embora critique o parecer de Marcelo Castro, o presidente da Câmara participou da indicação dele ao posto. "O Marcelo sempre atuou na reforma política, a gente já sabia que ele tinha um posicionamento. Mas eu já o vi mudar de posição. A gente, de uma certa forma, quis premiar todo o esforço dele nesses anos e partir do princípio que ao fim ele construiria um relatório. E um relatório que seguiria a orientação do partido, tanto que ele acabou seguindo no distritão", disse Cunha. E continuou: "As pessoas se apaixonam por suas teses e acabam ficando com as teses irreversíveis. Mas a gente tem que tomar um pouco de cuidado".
Mesmo sem acordo entre os deputados, o presidente da Câmara descartou a hipótese de adiar a votação da reforma política, única pauta do plenário na próxima semana. Ele finalizou ironizando o atual sistema eleitoral: "Nós já estamos na fase do Tiririca: pior que está não fica".
*Com informações de Veja.com
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Imagem: Jociara Luz/GP1Eduardo Cunha e Marcelo Castro
O presidente da Câmara declarou que Marcelo Castro agiu com “paixão” e que lhe faltou “inteligência política” em alguns pontos, como na mudança no mandato de senadores. A votação deve acontecer nesta terça-feira (18), mas Cunha defende que nem sequer haja votação. Se houver conclusão, o trabalho do colegiado deve passar por expressivas mudanças e acabar praticamente esvaziado.Eduardo Cunha sugere que a votação ocorra apenas na quinta-feira (21) ou terça-feira (26) da próxima semana. “Acho que se votar sem evoluir o debate, a gente pode inviabilizar a votação. É preferível até que a comissão não vote, que leve para plenário", disse.
O presidente da Câmara criticou a atitude de Marcelo Castro de alterar a duração do mandato dos senadores. Em uma série de recuos, o relator inicialmente propôs um mandato de 5 anos, depois dobrou o período para 10 anos e posteriormente voltou à ideia inicial, de 5 anos de mandato. "Quando os deputados falam que vão alterar mandato de senador é quase que uma agressão. Já sabem que não vai passar lá. É uma falta de perspicácia política você querer impor o tamanho do mandato no Senado, é até falta de inteligência política", afirmou Eduardo Cunha. Ele convocou para quarta-feira (20) uma reunião entre os líderes partidários para discutir a reformulação do sistema político.
Diante de um relatório com vários pontos controversos, o que pode dificultar a votação, Cunha admite a possibilidade de a proposta ser fatiada em plenário. O presidente da Câmara propõe que a análise seja iniciada pelo sistema eleitoral, e seguir na apreciação do fim da reeleição, da coincidência de mandatos e do modelo de financiamento de campanha.
"Relatório a gente solta para mexer. Reforma política é igual Seleção Brasileira: essa é a escalação do relator. Ele gosta de um jogador que eu não gosto, é por aí", afirmou Cunha.
Embora critique o parecer de Marcelo Castro, o presidente da Câmara participou da indicação dele ao posto. "O Marcelo sempre atuou na reforma política, a gente já sabia que ele tinha um posicionamento. Mas eu já o vi mudar de posição. A gente, de uma certa forma, quis premiar todo o esforço dele nesses anos e partir do princípio que ao fim ele construiria um relatório. E um relatório que seguiria a orientação do partido, tanto que ele acabou seguindo no distritão", disse Cunha. E continuou: "As pessoas se apaixonam por suas teses e acabam ficando com as teses irreversíveis. Mas a gente tem que tomar um pouco de cuidado".
Mesmo sem acordo entre os deputados, o presidente da Câmara descartou a hipótese de adiar a votação da reforma política, única pauta do plenário na próxima semana. Ele finalizou ironizando o atual sistema eleitoral: "Nós já estamos na fase do Tiririca: pior que está não fica".
*Com informações de Veja.com
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