Na manha desta sexta-feira (18) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que “tem conversado” com a presidente Dilma Rousseff sobre sua possível saída do cargo de ministro e afirmou que não pretende “criar nenhum constrangimento”.
“A gente [Levy e a presidente Dilma] tem conversado, eu acho que eu tenho que falar o que eu já falei", afirmou Levy durante um café da manhã com jornalistas em Brasília. "A gente sempre teve um relacionamento muito respeitoso”, continuou.
"O ano Legislativo já se encerrou e a gente pode, isso abre umas tantas alternativas. Evidentemente meu objetivo não é criar nenhum constrangimento ao governo, agora é lógico que é importante, tem que ter clareza de quais são as prioridades até em função de todas as demandas sobre o governo, sobre a presidente. E eu acho que o caminho vai ser em função disso”, disse ele.
Rumores
Há meses a saída do ministro já vem sendo especulada, mas os rumores ganharam força após o governo decidir mudar a meta do superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 2016 para 0,5% do PIB, enquanto Levy defendia 0,7%.
Ao ser questionado se se sentia traído por não conseguir colocar em prática todos os projetos de ajuste fiscal, Levy negou, mas disse estar “decepcionado”- algumas propostas do ministro enfrentaram resistência do governo e do PT.
“O colega [jornalista] me perguntou se eu me sentia traído. Eu não vou dizer que me sinto traído, mas eu me sinto um pouquinho decepcionado pelas principais medidas de aumento da justiça tributária, da progressividade do Imposto de Renda, não tenham tido pleno curso”, disse.
Derrotas
"A gente apresentou um número significativa de propostas. Em nem todas a gente teve sucesso. Eu acho que a maior parte daquilo que pus como sendo uma primeira rodada de coisas importantes ao longo do ano, com o auxílio dos secretários, não se conseguiu concluir, mas encaminhou de uma forma bem completa. Isso não necessariamente implica numa ação específica e imediata. O sentido de algumas observações é o que foi feito já está tendo resultados. Os desafios continuam", disse Levy.
"Algumas coisas não têm encaminhamento esperado. Às vezes, há um foco excessivo na questão fiscal. Esse boom que a gente está vivendo é resultado da política anticíclica dos nossos parceiros", afirmou o ministro assumindo que algumas propostas para economia não foram bem-sucedidas.
Jornalistas questionaram Levy sobre o comprometimento da presidente Dilma com as reformas estruturais da economia e o ministro disse que o processo de impeachment está preocupando a chefe do governo e que isso tira a “liberdade” para dar segmento às reformas.
“A presidente tem estado envolvida em outro processo, que não tem natureza puramente econômica, e isso evidentemente subtrai alguns graus de liberdade para tocar uma agenda de reformas mais intensa nesse momento. Mas não tenho dúvida nenhuma que ela tem uma sensibilidade, inclusive em setores em que as condições mudaram de uma maneira muito forte, como o setor de óleo e gás”, disse.
“A gente [Levy e a presidente Dilma] tem conversado, eu acho que eu tenho que falar o que eu já falei", afirmou Levy durante um café da manhã com jornalistas em Brasília. "A gente sempre teve um relacionamento muito respeitoso”, continuou.
Imagem: Reprodução/Twitter/Ministério da FazendaJornalistas fazem selfie com Joaquim Levy
"O ano Legislativo já se encerrou e a gente pode, isso abre umas tantas alternativas. Evidentemente meu objetivo não é criar nenhum constrangimento ao governo, agora é lógico que é importante, tem que ter clareza de quais são as prioridades até em função de todas as demandas sobre o governo, sobre a presidente. E eu acho que o caminho vai ser em função disso”, disse ele.
Rumores
Há meses a saída do ministro já vem sendo especulada, mas os rumores ganharam força após o governo decidir mudar a meta do superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 2016 para 0,5% do PIB, enquanto Levy defendia 0,7%.
Ao ser questionado se se sentia traído por não conseguir colocar em prática todos os projetos de ajuste fiscal, Levy negou, mas disse estar “decepcionado”- algumas propostas do ministro enfrentaram resistência do governo e do PT.
“O colega [jornalista] me perguntou se eu me sentia traído. Eu não vou dizer que me sinto traído, mas eu me sinto um pouquinho decepcionado pelas principais medidas de aumento da justiça tributária, da progressividade do Imposto de Renda, não tenham tido pleno curso”, disse.
Derrotas
"A gente apresentou um número significativa de propostas. Em nem todas a gente teve sucesso. Eu acho que a maior parte daquilo que pus como sendo uma primeira rodada de coisas importantes ao longo do ano, com o auxílio dos secretários, não se conseguiu concluir, mas encaminhou de uma forma bem completa. Isso não necessariamente implica numa ação específica e imediata. O sentido de algumas observações é o que foi feito já está tendo resultados. Os desafios continuam", disse Levy.
"Algumas coisas não têm encaminhamento esperado. Às vezes, há um foco excessivo na questão fiscal. Esse boom que a gente está vivendo é resultado da política anticíclica dos nossos parceiros", afirmou o ministro assumindo que algumas propostas para economia não foram bem-sucedidas.
Jornalistas questionaram Levy sobre o comprometimento da presidente Dilma com as reformas estruturais da economia e o ministro disse que o processo de impeachment está preocupando a chefe do governo e que isso tira a “liberdade” para dar segmento às reformas.
“A presidente tem estado envolvida em outro processo, que não tem natureza puramente econômica, e isso evidentemente subtrai alguns graus de liberdade para tocar uma agenda de reformas mais intensa nesse momento. Mas não tenho dúvida nenhuma que ela tem uma sensibilidade, inclusive em setores em que as condições mudaram de uma maneira muito forte, como o setor de óleo e gás”, disse.
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