Governador Wilson Martins recua e cancela inauguração de obra inacabada da Uespi na cidade de Picos

Temendo protestos da comunidade acadêmica o governador Wilson Martins (PSB) recuou e decidiu cancelar a inauguração do novo Campus da Universidade Estadual do Piauí – Uespi, Campus de Picos. Iniciada em janeiro de 2013 com previsão de terminar em 210 dias, a obra está inacabada e, segundo o engenheiro responsável deve ser concluída somente no mês de julho.

O governador Wilson Martins havia anunciado a inauguração da obra para o dia 1º de abril. Nesta data ele vaio a cidade, reinaugurou o Centro de Assistência Médica de Picos (Campi), mas conhecido como Policlínica, mas adiou para esta quinta-feira, 3, a entrega da primeira etapa do Campus da Uespi.
Na oportunidade o governador Wilson Martins garantiu que entregaria hoje a primeira etapa da obra constituída de dois blocos. Um composto de 14 salas de aula e o outro que abrigará a parte administrativa da universidade, além de dois laboratórios.

“Entregaremos a primeira etapa do novo Campus da Uespi de Picos na próxima quinta-feira com uma aula inaugural”, anunciou o governador Wilson Martins antes da reinauguração da Policlínica na última terça-feira, 1º de abril.
No entanto, sem qualquer justificativa, a inauguração da primeira etapa da obra prevista para esta quinta-feira, 3, foi cancelada. Na agenda do governador Wilson Martins, que renuncia ao mandato amanhã, 4, consta apenas despachos internos, não tem previsto nenhuma viagem para a cidade de Picos

Enquanto a obra do novo Campus da Uespi não é concluída, equipada e inaugurada oficialmente, os alunos da instituição continuam assistindo aulas no prédio do Junco, cuja reforma de oito salas foi bancada pela iniciativa privada. Atualmente a instituição oferta doze cursos em Picos e conta com cerca de 1.100 alunos matriculados.
Acompanhamento

Uma comissão de fiscalização composta de professores, alunos e servidores administrativos da Uespi vem acompanhando o andamento da obra desde o início, 8 de janeiro de 2013.
Sem a participação do Diretório Central dos Estudantes – DCE, que nunca acompanhou nenhuma visita ao prédio, os membros da comissão de fiscalização têm cobrado dos responsáveis pela execução da obra mais celeridade no serviço, além de maior transparência na aplicação dos recursos públicos.

Prevista para ser concluída em 8 de agosto do ano passado, a obra já teve o prazo para seu término adiado três vezes. Primeiro para dezembro de 2013, depois para março de 2014 e agora julho deste ano.


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