O governador Zé Filho (PMDB) realizou nesta terça-feira (2) uma entrevista coletiva para tratar sobre a situação financeira do Estado. O governador confirmou as dificuldades financeiras e deixou claro que o principal motivo é o fato do governo federal não ter repassado os recursos que eram previstos e que isso acabou afetando a economia.
Na entrevista coletiva, o governador falou sobre diversos assuntos, o governo federal, atrasos, greve de várias categorias e se vai passar a faixa governamental para Wellington Dias (PT).
Confira os tópicos principais da entrevista:
Governo Federal
Segundo Zé Filho, se o governo federal tivesse repassado o dinheiro que estava previsto no Orçamento, não haveria essas dificuldades e que vários governos já estouraram a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“O próprio governo federal estourou a Lei de Responsabilidade Fiscal e está até tentando mudar ela no Congresso. Estava previsto R$ 630 milhões, mas somente R$ 204 milhões foram empenhados e pagos foram só R$ 40 milhões. Isso é para vocês terem uma ideia de como o nosso governo foi tratado. Um exemplo é o Fundeb, onde até outubro gastamos R$ 464 milhões, porque o que vem do governo federal não é o suficiente para suprir com as despesas com a educação”, disse.
Governador Eleito Wellington Dias
O governador não fez muitas críticas ao governador eleito Wellington Dias (PT), mas deu algumas “cutucadas”. Ele disse acreditar que o senador terá um governo com muito mais recurso por fazer parte do mesmo partido da presidente.
Ele disse ainda que qualquer governador que assumir o Estado terá que tomar várias medidas. “O Estado do Piauí precisa de gestão e qualquer governador eleito precisaria tomar medidas para ajeitar o Estado. A verdade é que o Estado vem crescendo mais do que pode. Eu convido aqui o Wellington Dias para vir para cá. Ele deveria estar ajudando o Piauí, como senador e homem sério. Eu estou aqui pronto e preparado para discutir as dificuldades que o Estado está passando. Quero discutir com ele e buscar soluções que o Estado precisa”, disse.
Zé Filho ainda comentou se mesmo devido às desavenças que teve com o governador eleito, irá passar a faixa governamental em solenidade de transmissão de cargo no dia 1º de janeiro de 2015. “Isso aí eu ainda não decidi. É uma dúvida que estou tendo”, afirmou.
Crise Financeira
Para o governador, o Estado está passando por dificuldades, mas isso não prejudicará o pagamento do funcionalismo público.
“O Estado não está esse caos todo que estão colocando. Estamos pagando em dias o funcionalismo público, vamos pagar o 13º e o mês de dezembro. Ninguém precisa fazer terrorismo com isso, assustando os servidores. Houve a contenção e isso aconteceu por determinação do próprio Tribunal de Contas do Estado. Não existe esse terrorismo que está sendo falado”, disse.
“A crise que se fala é nos repasses que não estão tendo. Nós trabalhamos com base no orçamento. Existe uma previsão anual e infelizmente esses recursos não vieram e é humanamente impossível trabalhar assim”.
Ele ainda negou que seja culpa do último governador, Wilson Martins (PSB). “O Wilson não tem culpa de nada. É que as receitas caíram. Se você não tem dinheiro como é que vai pagar?”.
Zé Filho confirmou que algumas obras estão paradas por falta de recursos e negou que a contenção de gastos que tem sido feita, prejudicou algumas áreas como a segurança, onde estaria faltando combustível para as viaturas. “Isso não é verdade. Teve sim contenção de gastos, e nos combustíveis, mas garanto que isso não prejudicou a polícia a resolver algum caso. A polícia está sempre aparecendo na televisão prendendo os bandidos e parece que a pessoas não veem isso”.
"Irresponsabilidade fiscal"
Zé Filho rebateu as críticas da oposição, de que houve uma "irresponsabilidade fiscal" por parte do atual governador. “Todo mundo é sabedor que já tinha sido ultrapassado a Lei de Responsabilidade Fiscal desde o ano passado. Outros governo do PT, como o de Paulo Tarso ultrapassou a lei. A lei é medida de acordo com a despesa e receita, se o governo federal não passa o dinheiro. Sem a receita a gente fica sem controlar isso”.
Excesso de funcionários
Zé Filho negou que o Estado esteja sofrendo com o excesso de funcionários e afirmou que não foram feitas contratações indevidas, pois as contratações que foram feitas foram de concursados.
“Hoje o Piauí não tem excesso de funcionários efetivos. O que teve foram contratações de concursados em áreas essenciais como a segurança pública e a saúde, fazendo substituições. Não aumentamos o contracheque. Vamos entregar bem menos do que recebemos”.
Greve de categorias
Zé Filho disse que entende as críticas das categorias que querem que seja feito o pagamento do reajuste salarial acordado em 2012 e 2013. O pagamento deveria ter acontecido em novembro.
O governador disse que o pagamento não aconteceu porque o Estado estava cumprindo com a medida de contenção de despesas após decisão do TCE, mas que com vários cortes, conseguiram os recursos para pagar o reajuste.
“Uma decisão do TCE nos proibiu de fazer qualquer despesa. Eu entendo que esse aumento é merecido e fiquei muito sentido por não poder dar esse aumento para as categorias. Nós conseguimos o recurso, através de contenção e despesas. Foi preciso muito trabalho e puxando o cinto. Vamos pagar nesse mês de dezembro para as categorias. Também é preciso que o TCE junto com a gente busque uma solução para que possamos pagar esse aumento”, disse.
Críticas
O governador afirmou que está recebendo muitas críticas e que foram divulgadas informações mentirosas, desde que ele perdeu a eleição.
“O problema é que quem perde, vira cachorro morto, até mesmo para agradar o governador que vai entrar. Saio de cabeça erguida. Consciente do governo que fiz nesses 9 meses”.
Avaliação
“Daria nota 9 para o governo. Um ponto para cada mês. Fiz muitas coisas e agora as pessoas nãos e lembram, como a ampliação do Iapep, abertura do Albertão, inauguração da ponte de Luzilândia, entre outros. Não tem como arrumar o Estado em um mandato, imagina em uma gestação”.
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Na entrevista coletiva, o governador falou sobre diversos assuntos, o governo federal, atrasos, greve de várias categorias e se vai passar a faixa governamental para Wellington Dias (PT).
Imagem: Lucas Barbosa/GP1Zé Filho, governador do Piauí
Confira os tópicos principais da entrevista:
Governo Federal
Segundo Zé Filho, se o governo federal tivesse repassado o dinheiro que estava previsto no Orçamento, não haveria essas dificuldades e que vários governos já estouraram a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“O próprio governo federal estourou a Lei de Responsabilidade Fiscal e está até tentando mudar ela no Congresso. Estava previsto R$ 630 milhões, mas somente R$ 204 milhões foram empenhados e pagos foram só R$ 40 milhões. Isso é para vocês terem uma ideia de como o nosso governo foi tratado. Um exemplo é o Fundeb, onde até outubro gastamos R$ 464 milhões, porque o que vem do governo federal não é o suficiente para suprir com as despesas com a educação”, disse.
Imagem: Lucas Barbosa/GP1Zé Filho
Governador Eleito Wellington Dias
O governador não fez muitas críticas ao governador eleito Wellington Dias (PT), mas deu algumas “cutucadas”. Ele disse acreditar que o senador terá um governo com muito mais recurso por fazer parte do mesmo partido da presidente.
Ele disse ainda que qualquer governador que assumir o Estado terá que tomar várias medidas. “O Estado do Piauí precisa de gestão e qualquer governador eleito precisaria tomar medidas para ajeitar o Estado. A verdade é que o Estado vem crescendo mais do que pode. Eu convido aqui o Wellington Dias para vir para cá. Ele deveria estar ajudando o Piauí, como senador e homem sério. Eu estou aqui pronto e preparado para discutir as dificuldades que o Estado está passando. Quero discutir com ele e buscar soluções que o Estado precisa”, disse.
Zé Filho ainda comentou se mesmo devido às desavenças que teve com o governador eleito, irá passar a faixa governamental em solenidade de transmissão de cargo no dia 1º de janeiro de 2015. “Isso aí eu ainda não decidi. É uma dúvida que estou tendo”, afirmou.
Imagem: Lucas Barbosa/GP1Coletiva de imprensa realizada no Palácio de Karnak, sede do Governo do Piauí
Crise Financeira
Para o governador, o Estado está passando por dificuldades, mas isso não prejudicará o pagamento do funcionalismo público.
“O Estado não está esse caos todo que estão colocando. Estamos pagando em dias o funcionalismo público, vamos pagar o 13º e o mês de dezembro. Ninguém precisa fazer terrorismo com isso, assustando os servidores. Houve a contenção e isso aconteceu por determinação do próprio Tribunal de Contas do Estado. Não existe esse terrorismo que está sendo falado”, disse.
“A crise que se fala é nos repasses que não estão tendo. Nós trabalhamos com base no orçamento. Existe uma previsão anual e infelizmente esses recursos não vieram e é humanamente impossível trabalhar assim”.
Ele ainda negou que seja culpa do último governador, Wilson Martins (PSB). “O Wilson não tem culpa de nada. É que as receitas caíram. Se você não tem dinheiro como é que vai pagar?”.
Zé Filho confirmou que algumas obras estão paradas por falta de recursos e negou que a contenção de gastos que tem sido feita, prejudicou algumas áreas como a segurança, onde estaria faltando combustível para as viaturas. “Isso não é verdade. Teve sim contenção de gastos, e nos combustíveis, mas garanto que isso não prejudicou a polícia a resolver algum caso. A polícia está sempre aparecendo na televisão prendendo os bandidos e parece que a pessoas não veem isso”.
Imagem: Lucas Barbosa/GP1Zé Filho em coletiva
"Irresponsabilidade fiscal"
Zé Filho rebateu as críticas da oposição, de que houve uma "irresponsabilidade fiscal" por parte do atual governador. “Todo mundo é sabedor que já tinha sido ultrapassado a Lei de Responsabilidade Fiscal desde o ano passado. Outros governo do PT, como o de Paulo Tarso ultrapassou a lei. A lei é medida de acordo com a despesa e receita, se o governo federal não passa o dinheiro. Sem a receita a gente fica sem controlar isso”.
Excesso de funcionários
Zé Filho negou que o Estado esteja sofrendo com o excesso de funcionários e afirmou que não foram feitas contratações indevidas, pois as contratações que foram feitas foram de concursados.
“Hoje o Piauí não tem excesso de funcionários efetivos. O que teve foram contratações de concursados em áreas essenciais como a segurança pública e a saúde, fazendo substituições. Não aumentamos o contracheque. Vamos entregar bem menos do que recebemos”.
Imagem: Lucas Barbosa/GP1Na cerimônia, esteve presente o secretários do governo de Zé Filho
Greve de categorias
Zé Filho disse que entende as críticas das categorias que querem que seja feito o pagamento do reajuste salarial acordado em 2012 e 2013. O pagamento deveria ter acontecido em novembro.
O governador disse que o pagamento não aconteceu porque o Estado estava cumprindo com a medida de contenção de despesas após decisão do TCE, mas que com vários cortes, conseguiram os recursos para pagar o reajuste.
“Uma decisão do TCE nos proibiu de fazer qualquer despesa. Eu entendo que esse aumento é merecido e fiquei muito sentido por não poder dar esse aumento para as categorias. Nós conseguimos o recurso, através de contenção e despesas. Foi preciso muito trabalho e puxando o cinto. Vamos pagar nesse mês de dezembro para as categorias. Também é preciso que o TCE junto com a gente busque uma solução para que possamos pagar esse aumento”, disse.
Imagem: Lucas Barbosa/GP1 Zé Filho fala sobre a crise enfrentada pelo Estado
Críticas
O governador afirmou que está recebendo muitas críticas e que foram divulgadas informações mentirosas, desde que ele perdeu a eleição.
“O problema é que quem perde, vira cachorro morto, até mesmo para agradar o governador que vai entrar. Saio de cabeça erguida. Consciente do governo que fiz nesses 9 meses”.
Avaliação
“Daria nota 9 para o governo. Um ponto para cada mês. Fiz muitas coisas e agora as pessoas nãos e lembram, como a ampliação do Iapep, abertura do Albertão, inauguração da ponte de Luzilândia, entre outros. Não tem como arrumar o Estado em um mandato, imagina em uma gestação”.
Imagem: Lucas Barbosa/GP1Coletiva de imprensa realizada no Palácio Karnak com o governador Zé Filho
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