O deputado Cícero Magalhães (PT) propôs um projeto de lei descentralizando o atendimento aos portadores de câncer no Piauí. Segundo ele, recentemente a presidente Dilma Roussef sancionou um projeto de Lei determinando o prazo máximo de 90 dias a partir do diagnóstico de câncer para o início do tratamento. “A nossa proposta é para aprimorar esse atendimento, pois quanto mais cedo começar o tratamento maiores são as chances de cura”, disse.
O parlamentar lembrou que a extensão territorial do Piauí é muito grande, sendo necessário dotar as regionais da saúde da estrutura necessária para que seja feito o diagnóstico. “Espero que o governador Wilson Martins, até mesmo por ser médico neurologista, tenha a sensibilidade de atender ao nosso projeto. Estou tendo o cuidado de discutir amplamente com as entidades médicas e com a sociedade civil organizada para que a proposta atenda aos interesses da população”, frisou.
Cícero Magalhães afirmou ainda que o SUS é procurado pelos mais pobres, mas até mesmo aqueles que tem plano de saúde encontram dificuldades para serem atendidos. “Até mesmo a presidente Dilma enfrentou a doença a alguns anos. O presidente Lula, mais recentemente, também adoeceu. Mas, ambos estão curados porque a doença foi diagnosticada precocemente”, lembrou.
Em aparte, o deputado Chico Ramos elogiou a iniciativa de Magalhães, mas lembrou que o gargalo da saúde pública está numa regulamentação do SUS por telefone. Para ele, não é possível fazer um diagnóstico por telefone, pois o médico só consegue identificar a doença se tiver contato pessoal com o paciente.
“O que tem que mudar é essa regulamentação. Antigamente havia nos hospitais o serviço de pronto atendimento. O paciente chegava, era atendido, e prontamente encaminhado para o tratamento. Hoje ele marca a consulta por telefone, depois de atendido é encaminhado ao HUT porque não pode ir direto ao HGV. O HUT tem que encaminhar”, criticou.
Chico Ramos disse ainda que recentemente atendeu uma pessoa de 20 anos de idade com um tumor cerebral e encaminhou direto para o HGV, mas ela não foi recebida, com a desculpa de que necessitava o encaminhamento do HUT. No HUT, disseram que o tumor não era emergência e que ela precisava do encaminhamento inicial do hospital de sua cidade, Várzea Alegre. “O pai dela foi buscar e quando chegou a moça já estava morta”, citou.
Outro caso citado foi da filha de um amigo seu. Em uma visita a sua casa o pai disse que a moça estava com dor de cabeça a vários dias. Ele fez a consulta e constatou hemorragia cerebral. Telefonou para o SAMU, se identificou como médico neurologista, descreveu os sintomas mas a pessoa que o atendeu não aceitou mandar a ambulância. “Vejam só, me identifiquei e se negaram. Somente após eu dizer que iria levar o caso ao Ministério Público é que eles mudaram de ideia e levaram ao HGV. Mas, ela morreu antes do tratamento”, encerrou.
O parlamentar lembrou que a extensão territorial do Piauí é muito grande, sendo necessário dotar as regionais da saúde da estrutura necessária para que seja feito o diagnóstico. “Espero que o governador Wilson Martins, até mesmo por ser médico neurologista, tenha a sensibilidade de atender ao nosso projeto. Estou tendo o cuidado de discutir amplamente com as entidades médicas e com a sociedade civil organizada para que a proposta atenda aos interesses da população”, frisou.
Imagem: Caio BrunoDeputado Cícero Magalhães
Cícero Magalhães afirmou ainda que o SUS é procurado pelos mais pobres, mas até mesmo aqueles que tem plano de saúde encontram dificuldades para serem atendidos. “Até mesmo a presidente Dilma enfrentou a doença a alguns anos. O presidente Lula, mais recentemente, também adoeceu. Mas, ambos estão curados porque a doença foi diagnosticada precocemente”, lembrou.
Em aparte, o deputado Chico Ramos elogiou a iniciativa de Magalhães, mas lembrou que o gargalo da saúde pública está numa regulamentação do SUS por telefone. Para ele, não é possível fazer um diagnóstico por telefone, pois o médico só consegue identificar a doença se tiver contato pessoal com o paciente.
“O que tem que mudar é essa regulamentação. Antigamente havia nos hospitais o serviço de pronto atendimento. O paciente chegava, era atendido, e prontamente encaminhado para o tratamento. Hoje ele marca a consulta por telefone, depois de atendido é encaminhado ao HUT porque não pode ir direto ao HGV. O HUT tem que encaminhar”, criticou.
Chico Ramos disse ainda que recentemente atendeu uma pessoa de 20 anos de idade com um tumor cerebral e encaminhou direto para o HGV, mas ela não foi recebida, com a desculpa de que necessitava o encaminhamento do HUT. No HUT, disseram que o tumor não era emergência e que ela precisava do encaminhamento inicial do hospital de sua cidade, Várzea Alegre. “O pai dela foi buscar e quando chegou a moça já estava morta”, citou.
Outro caso citado foi da filha de um amigo seu. Em uma visita a sua casa o pai disse que a moça estava com dor de cabeça a vários dias. Ele fez a consulta e constatou hemorragia cerebral. Telefonou para o SAMU, se identificou como médico neurologista, descreveu os sintomas mas a pessoa que o atendeu não aceitou mandar a ambulância. “Vejam só, me identifiquei e se negaram. Somente após eu dizer que iria levar o caso ao Ministério Público é que eles mudaram de ideia e levaram ao HGV. Mas, ela morreu antes do tratamento”, encerrou.
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