Os candidatos a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB) e José Serra (PSDB) confirmaram o encontro entre o tucano e o coordenador da campanha do ex-deputado, Marcos Pereira. Embora não tenham usado a expressão "pacto", ambos admitiram que a conversa ocorrida na sexta-feira, 20, demonstra a disposição de que não haverá "agressão recíproca" entre eles. Na terça, o candidato do PRB elevou o tom das críticas ao adversário do PT, o ex-ministro Fernando Haddad.
Serra e Russomanno têm despontado nas duas primeiras posições das pesquisas de intenção de voto realizadas desde que o ex-governador tucano resolveu disputar a Prefeitura pela quarta vez em sua carreira política. No último levantamento Datafolha, divulgado no sábado, 21, os dois apareceram em empate técnico: Serra obteve 30% e Russomanno, 26% (a margem de erro é de três pontos porcentuais).
Russomanno admitiu que o coordenador de sua campanha esteve com Serra na casa do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), mas negou um "acordo de cavalheiros" com o tucano. "Houve esse encontro de fato, mas não existe um pacto entre nós. Não existe pacto nenhum", afirmou, durante uma feira livre em Cangaíba, na zona leste.
Segundo o ex-deputado, Serra teria perguntado se o candidato do PRB poderia apoiá-lo num eventual segundo turno, se não conseguir se manter na vice-liderança da corrida eleitoral – o tucano negou o pedido e disse que isso "seria até deselegante".
Ofensiva. O ex-deputado tem dito em público que pretende fazer uma campanha propositiva, sem ataques aos adversários. No entanto, em entrevista, Russomanno elevou o tom de suas declarações. E o alvo escolhido foi o candidato do PT e os projetos da gestão Haddad no Ministério da Educação (MEC), como o Enem e o kit anti-homofobia.
"Eu sou contra a forma como ele foi feito", disse Russomanno, em relação ao projeto para combater a homofobia nas escolas que, após pressão de setores religiosos, foi abortado pelo MEC. "Não é dessa forma que você vai construir a sexualidade das pessoas. Deveria haver uma aula nas escolas sobre a sexualidade das pessoas, para haver prevenção."
Ao falar sobre o Enem e qualidade do ensino, Russomanno defendeu que as escolas municipais tenham período integral, mas a adoção dessa política não pode ser feita "da noite para o dia". "Seria uma loucura. Os professores não estão preparados e nós não temos estrutura para isso. O Haddad, especialista em educação, foi falar isso para os professores e foi vaiado."
‘Implícito’. Ao participar de uma caminhada em Parelheiros, reduto petista no extremo sul de São Paulo, Serra confirmou o encontro com Pereira em uma "reunião de cortesia". "Não se falou (sobre um pacto de não agressão). Naturalmente, está implícito: se você conversa com alguém, não há disposição de agressões recíprocas", explicou o tucano.
Apesar de seus aliados admitirem em conversas reservadas que preferem enfrentar Russomanno no segundo turno – e não Haddad –, Serra desconversou. "Eu não vou dizer com quem eu me sentiria mais ou menos confortável (no segundo turno). Eu vou me sentir confortável se ganhar a eleição", afirmou.
Serra e Russomanno têm despontado nas duas primeiras posições das pesquisas de intenção de voto realizadas desde que o ex-governador tucano resolveu disputar a Prefeitura pela quarta vez em sua carreira política. No último levantamento Datafolha, divulgado no sábado, 21, os dois apareceram em empate técnico: Serra obteve 30% e Russomanno, 26% (a margem de erro é de três pontos porcentuais).
Russomanno admitiu que o coordenador de sua campanha esteve com Serra na casa do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), mas negou um "acordo de cavalheiros" com o tucano. "Houve esse encontro de fato, mas não existe um pacto entre nós. Não existe pacto nenhum", afirmou, durante uma feira livre em Cangaíba, na zona leste.
Segundo o ex-deputado, Serra teria perguntado se o candidato do PRB poderia apoiá-lo num eventual segundo turno, se não conseguir se manter na vice-liderança da corrida eleitoral – o tucano negou o pedido e disse que isso "seria até deselegante".
Ofensiva. O ex-deputado tem dito em público que pretende fazer uma campanha propositiva, sem ataques aos adversários. No entanto, em entrevista, Russomanno elevou o tom de suas declarações. E o alvo escolhido foi o candidato do PT e os projetos da gestão Haddad no Ministério da Educação (MEC), como o Enem e o kit anti-homofobia.
"Eu sou contra a forma como ele foi feito", disse Russomanno, em relação ao projeto para combater a homofobia nas escolas que, após pressão de setores religiosos, foi abortado pelo MEC. "Não é dessa forma que você vai construir a sexualidade das pessoas. Deveria haver uma aula nas escolas sobre a sexualidade das pessoas, para haver prevenção."
Ao falar sobre o Enem e qualidade do ensino, Russomanno defendeu que as escolas municipais tenham período integral, mas a adoção dessa política não pode ser feita "da noite para o dia". "Seria uma loucura. Os professores não estão preparados e nós não temos estrutura para isso. O Haddad, especialista em educação, foi falar isso para os professores e foi vaiado."
‘Implícito’. Ao participar de uma caminhada em Parelheiros, reduto petista no extremo sul de São Paulo, Serra confirmou o encontro com Pereira em uma "reunião de cortesia". "Não se falou (sobre um pacto de não agressão). Naturalmente, está implícito: se você conversa com alguém, não há disposição de agressões recíprocas", explicou o tucano.
Apesar de seus aliados admitirem em conversas reservadas que preferem enfrentar Russomanno no segundo turno – e não Haddad –, Serra desconversou. "Eu não vou dizer com quem eu me sentiria mais ou menos confortável (no segundo turno). Eu vou me sentir confortável se ganhar a eleição", afirmou.
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