Acusado de autoritarismo pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO) por ter imposto a aliança com o ex-ministro Patrus Ananias (PT) na disputa em Belo Horizonte, o prefeito de São Paulo e presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab , afirmou que "o tempo vai dizer se ela está certa ou o partido estava certo".
A senadora afirmou que Kassab cometeu "abuso de poder" e "abandonou qualquer resquício de lealdade e respeito devido aos dirigentes". Kassab respondeu com elogios. "Ela já antecipadamente declarou que seria contra a intervenção. Foi feita intervenção a pedido da direção de Minas Gerais e também de Belo Horizonte, que acho correta. A divergência não diminui em nada a admiração e o respeito que eu tenho por ela."
Kassab determinou na semana passada que o PSD abandonasse a coligação pela reeleição de Marcio Lacerda (PSB) para apoiar Patrus. "Nossa convenção definiu apoio ao Lacerda, que era então apoiado pelo PT e pelo PSDB. Só que depois PT e PSDB não caminharam juntos", justificou-se. "Nós entendíamos que houve uma nacionalização do processo e não era o momento de dar apoio ao candidato que desfez uma aliança."
Kassab sustentou que a decisão foi apoiada pela sigla em Minas. "Foi uma intervenção a pedido", afirmou o prefeito.
Baixa. Após a ação, o partido perdeu seu segundo vice-presidente, Robert Brant (MG). Kassab desejou "felicidades" a ele. "É um direito dele, é da democracia. Ele entendeu que este deveria ser o seu caminho."
Kátia Abreu foi procurada pelo vice-presidente da República, Michel Temer. Durante o almoço, ele a convidou a deixar o PSD e filiar-se ao PMDB.
No dia anterior, a senadora divulgou carta enviada a Kassab em que manifestava "indignação e repúdio à intervenção arbitrária e clandestina". Agora, um grupo de dissidentes quer de Kassab o "compromisso moral" de que a intervenção "à la Belo Horizonte" não se repetirá.
Kátia Abreu afirmou que uma decisão como essa não se decide "trancado em quarto de hotel". "Se fosse em cima de mim no Tocantins, me obrigando a coligar com o PT, seria a desmoralização total", disse.
Não é a primeira vez que a senadora ataca Kassab. Em março, Kátia Abreu criticou a aliança com o então pré-candidato à Prefeitura José Serra (PSDB). "O importante é que as divergências sejam claras. Ela discordou de uma posição aqui em São Paulo, quando do apoio ao candidato Serra e agora em relação à intervenção. Mas ela fez com muita autenticidade, muita transparência", disse Kassab.
Polêmica. Após emplacar Alexandre Schneider como vice da chapa, o poder de Kassab na campanha de José Serra (PSDB) também tem causado descontentamento nos bastidores. Tucanos especulavam que o coordenador da campanha, Edson Aparecido, poderia largar o posto. O candidato, porém, negou os boatos e fez caminhada com Aparecido.
Questionado sobre o assunto, Kassab elogiou o coordenador da campanha, classificando-o como "experiente" e "conciliador". "O Edson Aparecido é fundamental", disse.
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A senadora afirmou que Kassab cometeu "abuso de poder" e "abandonou qualquer resquício de lealdade e respeito devido aos dirigentes". Kassab respondeu com elogios. "Ela já antecipadamente declarou que seria contra a intervenção. Foi feita intervenção a pedido da direção de Minas Gerais e também de Belo Horizonte, que acho correta. A divergência não diminui em nada a admiração e o respeito que eu tenho por ela."
Kassab determinou na semana passada que o PSD abandonasse a coligação pela reeleição de Marcio Lacerda (PSB) para apoiar Patrus. "Nossa convenção definiu apoio ao Lacerda, que era então apoiado pelo PT e pelo PSDB. Só que depois PT e PSDB não caminharam juntos", justificou-se. "Nós entendíamos que houve uma nacionalização do processo e não era o momento de dar apoio ao candidato que desfez uma aliança."
Kassab sustentou que a decisão foi apoiada pela sigla em Minas. "Foi uma intervenção a pedido", afirmou o prefeito.
Baixa. Após a ação, o partido perdeu seu segundo vice-presidente, Robert Brant (MG). Kassab desejou "felicidades" a ele. "É um direito dele, é da democracia. Ele entendeu que este deveria ser o seu caminho."
Kátia Abreu foi procurada pelo vice-presidente da República, Michel Temer. Durante o almoço, ele a convidou a deixar o PSD e filiar-se ao PMDB.
No dia anterior, a senadora divulgou carta enviada a Kassab em que manifestava "indignação e repúdio à intervenção arbitrária e clandestina". Agora, um grupo de dissidentes quer de Kassab o "compromisso moral" de que a intervenção "à la Belo Horizonte" não se repetirá.
Kátia Abreu afirmou que uma decisão como essa não se decide "trancado em quarto de hotel". "Se fosse em cima de mim no Tocantins, me obrigando a coligar com o PT, seria a desmoralização total", disse.
Não é a primeira vez que a senadora ataca Kassab. Em março, Kátia Abreu criticou a aliança com o então pré-candidato à Prefeitura José Serra (PSDB). "O importante é que as divergências sejam claras. Ela discordou de uma posição aqui em São Paulo, quando do apoio ao candidato Serra e agora em relação à intervenção. Mas ela fez com muita autenticidade, muita transparência", disse Kassab.
Polêmica. Após emplacar Alexandre Schneider como vice da chapa, o poder de Kassab na campanha de José Serra (PSDB) também tem causado descontentamento nos bastidores. Tucanos especulavam que o coordenador da campanha, Edson Aparecido, poderia largar o posto. O candidato, porém, negou os boatos e fez caminhada com Aparecido.
Questionado sobre o assunto, Kassab elogiou o coordenador da campanha, classificando-o como "experiente" e "conciliador". "O Edson Aparecido é fundamental", disse.
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