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Política

Investigados pela Polícia Federal comandam processo de privatização da empresa Agespisa

Fala-se abertamente em cooptação de funcionários públicos graduados, jornais, jornalistas e parlamentares com o objetivo de apressar o processo de privatização da empresa.

Investigados pela Polícia Federal na "Operação Águas Claras", integrantes do atual comando da Agespisa num gesto de ousadia anunciaram, nesta terça-feira (27), que a empresa deverá ser privatizada, ou melhor, que deve "delegar" seus serviços em Teresina a uma empresa privada por que, em tese, não consegue captar os recursos necessários a melhoria das redes de água e esgoto da nossa Capital. Nos bastidores, as especulações são pra lá de "capitalizadas". Fala-se abertamente em cooptação de funcionários públicos graduados, jornais, jornalistas e parlamentares com o objetivo de apressar o processo de privatização da empresa. O mais estranho, é que, o anuncio da privatização se dá em meio a uma sequencia de crises no abastecimento d´água da nossa Capital e logo após a Prefeitura Municipal de Teresina renovar por mais 30 anos a concessão do abastecimento d" água para a "quebrada" Agespisa.

Caros leitores, esse contrato de concessão, que via de regra é de vinte anos e neste caso foi propositadamente alongado, é a garantia que a empresa que quer assumir os serviços da Agespisa irá usar para tomar os empréstimos destinados aos investimentos nas redes de água e esgoto de Teresina. Ou seja, vão pegar o maior patrimônio da Agespisa, que é a concessão dos serviços de Teresina e entregar para uma empresa privada que não investirá nada no interior do Piauí, como faz hoje a Agespisa. Ficam no ar três perguntas: Qual o destino dos funcionários das Agespisa hoje lotados em Teresina? Como a empresa irá sobreviver sem a arrecadação de Teresina? E como conseguirá empréstimos para financiar obras nos municípios se não possuirá mais a concessão de Teresina? Hoje funcionando como garantia para estes financiamentos.
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