Imagem: José Maria Barros / GP1Clique para ampliarLocal onde funcionava o programa do leiite continua fechado
Criado com o objetivo de reduzir as carências nutricionais de crianças com faixa etária entre seis meses e três anos, desnutridos de três a seis anos de idade, gestantes, nutrizes, idosos a partir de 60 anos, portadores de deficiência impossibilitados de trabalhar, portadores do vírus do HIV e tuberculose e pessoas com câncer, o Programa do Leite foi suspenso em Picos no início deste ano e ainda hoje continua sem funcionar, prejudicando dezenas de famílias carentes.Na época da suspensão, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural Rubem Martins, irmão do governador Wilson Martins, justificou que a medida havia sido adotada para se adequar as exigências feitas pelo Ministério do Desenvolvimento Social, que é quem banca o Programa de Aquisição de Alimentos em 120 municípios piauienses, dentre os quais Picos.
Logo após a suspensão da distribuição do leite, o vereador e presidente interino da Câmara Municipal de Picos Iata Anderson Rodrigues de Alencar Coelho (PSB), justificou a medida e garantiu que em pouco tempo o programa voltaria à sua normalidade.
Segundo ele, o governo federal, através do Fome Zero, tem o dinheiro para manter o programa, que vinha sendo bancado pelo Estado, por isso o secretário de Desenvolvimento rural resolveu suspender a distribuição do leite até que fosse feita a adequação, ou seja, o pagamento via governo federal.
De acordo com o parlamentar, o que estava faltando era apenas o cadastramento dos produtores, pois logo depois o projeto seria retomado. Entretanto, na prática, não foi isso que aconteceu. Passados mais de 120 dias da adoção da medida pelo governo estadual, o programa continua desativado em Picos e dezenas de famílias carentes de diversos bairros da cidade estão sem receber o produto, que servia como um reforço nutricional.
Assim que suspendeu a distribuição o secretário Rubem Martins convocou os prefeitos dos 110 municípios beneficiados pelo Programa do Leite com a finalidade de regularizar a situação. Porém, não se tem notícia se o gestor de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB) celebrou alguma parceria com o governo do estado a fim de que o programa fosse regularizado, a exemplo do que ocorreu em Inhuma, onde a prefeitura arcou com 50 por cento dos custos e a distribuição do produto foi retomada.
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