Literalmente pode-se dizer que “a emenda saiu pior do que o soneto”. O novo projeto que disciplina a cobrança da taxa de iluminação pública enviado na última sexta-feira, 29 de abril, pelo prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB) à Câmara de Vereadores de Picos, isenta igrejas e o poder público municipal e penaliza o consumidor, cuja tarifa terá em média um aumento superior aos 500 por cento.
Só para se ter uma ideia do absurdo, uma residência que consome em média 128 kWh de energia elétrica mensalmente, pagava até o mês de março de 2011 de taxa de iluminação pública em torno de R$ 6,14. Com o projeto aprovado pelos vereadores Iata Anderson Rodrigues de Alencar Coelho (PSB), Antonio Afonso Santos Guimarães (PP), Diógenes Nunes Medeiros (PPS), José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho (PMDB), José Luís de Carvalho (PV) e Manoel Vieira de Barros Lima (PMDB), passaram a pagar R$ 15,70. Caso o novo projeto seja aprovado pela Câmara essa contribuição subirá para R$ 33,65.
Esses valores são referentes aos consumidores residenciais, pois, se tratando das classes comercial e industrial, o aumento é ainda mais abusivo. Por exemplo, um estabelecimento comercial cujo intervalo de consumo varia de 151 a 200 kwh mês que pagava pouco mais de R$ 10,00 anteriormente, terá que arcar com uma contribuição de R$ 73,99. Já uma indústria inserida no intervalo de consumo de 1.500 a 2.000 kwh por mês, vai pagar R4 572,54 de iluminação pública todos os meses.
Mobilização
Sentindo-se prejudicada a comunidade picoense, através das entidades de classes, está se articulando no sentido de barrar a aprovação desse projeto. Os moradores prometem lotar as galerias da Câmara Municipal de Picos no dia da votação com o intuito de pressionar os vereadores a se posicionarem contra. Outros pretendem fazer um abaixo assinado com o maior número possível de assinaturas e ingressar na justiça com uma ação civil pública.
Imagem: Reprodução/GP1Tabela mostra valor da nova contribuição por intervalo de consumo
Com a desculpa de corrigir alguns excessos contidos no projeto anterior, que foi aprovado no dia 16 de dezembro de 2010 apenas com o voto da bancada governista, o prefeito Gil Paraibano enviou um novo projeto alterando o artigo 5º Lei nº 2373, isentando da contribuição o poder público municipal em geral e as igrejas, tanto católica como evangélicas.Imagem: Reprodução/GP1Cópia do projeto enviado pelo prefeito Gil Paraibano
Por outro lado, o projeto penaliza ainda mais o consumidor, principalmente o de classe média baixa, pois, ao invés de diminuir o valor da alíquota, na maioria dos casos faz é aumentar a contribuição, especialmente para as residências que consomem acima de 61 kWh/mês, cujo reajuste ultrapassa a casa dos 500 por cento em relação à última tarifa cobrada pela Eletrobrás.Só para se ter uma ideia do absurdo, uma residência que consome em média 128 kWh de energia elétrica mensalmente, pagava até o mês de março de 2011 de taxa de iluminação pública em torno de R$ 6,14. Com o projeto aprovado pelos vereadores Iata Anderson Rodrigues de Alencar Coelho (PSB), Antonio Afonso Santos Guimarães (PP), Diógenes Nunes Medeiros (PPS), José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho (PMDB), José Luís de Carvalho (PV) e Manoel Vieira de Barros Lima (PMDB), passaram a pagar R$ 15,70. Caso o novo projeto seja aprovado pela Câmara essa contribuição subirá para R$ 33,65.
Imagem: José Maria Barros/GP1Presidente da Câmara Iata Rodrigues defende aprovação do novo projeto
De acordo com o novo projeto enviado pelo prefeito Gil Paraibano à Câmara de Vereadores, o menor valor da taxa de iluminação pública que anteriormente girava em torno de R$ 3,00, subiu para R$ 22,52, atingindo em cheio a classe mais pobre, ou seja, aquela que está inserida na faixa de consumo de 61 a 100 kWh de energia por mês.Esses valores são referentes aos consumidores residenciais, pois, se tratando das classes comercial e industrial, o aumento é ainda mais abusivo. Por exemplo, um estabelecimento comercial cujo intervalo de consumo varia de 151 a 200 kwh mês que pagava pouco mais de R$ 10,00 anteriormente, terá que arcar com uma contribuição de R$ 73,99. Já uma indústria inserida no intervalo de consumo de 1.500 a 2.000 kwh por mês, vai pagar R4 572,54 de iluminação pública todos os meses.
Imagem: Reprodução/GP1Tabela comprova valor abusivo da taxa de iluminação pública
Todo o dinheiro arrecadado com a taxa de iluminação pública será carreado ao Fundo Municipal de Iluminação Pública, cujo gerenciamento ficará a cargo da Secretaria Municipal de Administração. E, pelos cálculos de especialistas em finanças, caso o projeto seja aprovado de acordo com o texto enviado à Câmara, a arrecadação total dessa nova contribuição vai superar o valor do Fundo de Participação dos Municípios (PFM) recebido todos os meses pela prefeitura de Picos.Mobilização
Sentindo-se prejudicada a comunidade picoense, através das entidades de classes, está se articulando no sentido de barrar a aprovação desse projeto. Os moradores prometem lotar as galerias da Câmara Municipal de Picos no dia da votação com o intuito de pressionar os vereadores a se posicionarem contra. Outros pretendem fazer um abaixo assinado com o maior número possível de assinaturas e ingressar na justiça com uma ação civil pública.
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