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Política

Servidores do Hospital Regional Justino Luz em Picos aderem à greve da saúde

Segundo o comando de greve, em Picos o movimento recebeu a adesão de 100 por cento da categoria.

Os servidores não médicos do Hospital Regional Justino Luz em Picos aderiram ao movimento grevista da saúde, deflagrado na última quarta-feira, 11 de maio, depois que o governo do estado se negou a atender as reivindicações da categoria, dentre as quais o reajuste salarial de 15 por cento, novo plano de carreira e melhores condições de trabalho.
Imagem: José Maria Barros/GP1Por causa da greve corredores do HRJL ficaram praticamente vazios(Imagem:José Maria Barros/GP1)Por causa da greve corredores do HRJL ficaram praticamente vazios
Segundo Maria Ivone Pereira de Moura, que é técnica em enfermagem do Hospital Regional Justino Luz e integrante da comissão de base do Sindicato dos Servidores da Saúde Pública do Estado do Piauí (Sindespi), o movimento grevista em Picos teve a adesão de 100 por cento e todos estão unidos no mesmo propósito: de somente retornar ao trabalho quando as reivindicações forem atendidas pelo governo.

“Estamos firmes e unidos em torno de um mesmo ideal. Já está decidido que não vamos recuar por conta das ameaças do governo do estado, que teima em não negociar com a categoria. Estamos com três anos sem reajuste salarial e não podemos aceitar isso de maneira alguma”, ressaltou Maria Ivone.
Imagem: José Maria Barros/GP1Por causa da greve movimentação no HRJL diminuiu consideravalmente(Imagem:José Maria Barros/GP1)Por causa da greve movimentação no HRJL diminuiu consideravalmente
A reportagem do Portal JP1 foi até o Hospital Regional Justino Luz na manhã desta sexta-feira, 13 de maio, e constatou a insatisfação dos servidores em relação à política salarial do governo do estado. Nas diversas dependências da unidade cartazes anunciam a greve, enquanto um grupo de servidores fica postado em frente à porta principal do Pronto Socorro fazendo a triagem dos pacientes que chegam. Se for caso de urgência ou emergência recebe atendimento, caso contrário, a pessoa é aconselhada a retornar para casa.

De acordo com o comando de greve, em Picos todos os servidores não médicos aderiram ao movimento. Portanto, no Hospital Regional Justino Luz estão parados atendentes, auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, setores administrativos, odontólogos, serviços gerais, técnicos em radiologia, entre outros setores.
Imagem: José Maria Barros/GP1Corredores vazios(Imagem:José Maria Barros/GP1)Corredores vazios
Maria Ivone disse ainda que o governa do estado continua insensível aos apelos da categoria. “O governador passou a decisão para a secretária estadual de Saúde, esta transferiu para o secretário de Administração, que diz que não tem poder de decisão. Diante disso, nos reunimos em assembléia e decidimos a partir do último dia 11 de maio deflagrar greve geral por tempo indeterminado”, explicou.
Imagem: José Maria Barros/GP1Poucas pessoas na recepçção(Imagem:José Maria Barros/GP1)Poucas pessoas na recepçção
A enfermeira Socorro Luz disse que o movimento grevista tem por objetivo também, a luta por melhores condições de trabalho. Segundo ela, existe servidor que trabalha há mais de 30 anos no Hospital Regional Justino Luz e recebe algo em torno de 700,00, outros até menos.

“Muitos desses servidores não têm uma casa para morar e nem como se deslocar até o seu local de trabalho. Como uma pessoa dessa tem condições de cuidar de doentes?”, indagou a enfermeira Socorro Luz, ressaltando que entra governo e sai governo e nem um deles valoriza o trabalhador e muito menos prioriza o setor de saúde.
Imagem: José Maria Barros/GP1Servidores em greve em frente ao Pronto Socorro(Imagem:José Maria Barros/GP1)Servidores em greve em frente ao Pronto Socorro

Greve continua

Após ficarem sabendo do resultado da reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 13 de maio, em Teresina, entre os representantes do Sindespi e o secretário estadual de Administração Paulo Ivan, os servidores do Hospital Regional Justino Luz resolveram continuar com o movimento grevista, uma vez que nenhuma proposta de reajuste foi apresentada pelo governo do estado.

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