Governo do Estado quer transferir alunos da Uespi em Picos para prédio abandonado

Sem ouvir a opinião dos acadêmicos e nem dos servidores da instituição, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual da Educação, anunciou a transferência do Campus de Picos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), para um prédio abandonado no bairro Canto da Várzea.
O prédio onde funcionarão as aulas da Uespi neste ano de 2001 fica em um anexo abandonado do Centro Estadual de Educação Profissional Petrônio Portela – Premen. A estrutura física do local está em situação deplorável e pode até desabar. Este é o terceiro ano consecutivo que os alunos da instituição irão assistir aulas em prédio improvisado, fato que desagrada tanto os acadêmicos, como os professores.
Segundo a diretora do Premen Maria Enói, a solicitação para que cedesse o espaço para a Uespi foi feita pelo diretor de ensino profissionalizante da Secretaria Estadual da Educação, Reynaldo Lopes, durante visita a Picos no último dia 27 de janeiro, quando o mesmo garantiu que o bloco cedido passaria por uma ampla reforma.

Reynaldo Lopes garantiu na oportunidade que para poder abrigar os alunos da Uespi, o bloco desativado do Premen passaria por uma reforma orçada em cerca de 150 mil reais, alertando, porém, que os recursos ainda estavam sendo viabilizados. Pelo projeto, as oito salas e um laboratório que foram cedidos pela Seduc serão divididos em 16 salas, sendo doze destinadas para as aulas e quatro para abrigar a parte administrativa da instituição
Entretanto, 15 dias depois da promessa do representante da Seduc, a obra ainda não foi iniciada e lá as condições são precárias, pois o prédio está completamente deteriorado, com muito mato ao redor, instalações elétricas e sanitárias comprometidas, portas e janelas quebradas, piso estragado, enfim, uma verdadeira situação de abandono.

Como, de acordo com a reitoria, o início do ano letivo na Uespi está previsto para o próximo dia 21 de março, os acadêmicos picoenses estão preocupados e denunciam que a obra de reforma já está bastante atrasada e caso não seja iniciada o mais breve possível, eles temem que não terão local para estudar
Toda essa problemática se deve ao fato de que a obra de reforma e ampliação do prédio da Uespi, no bairro Junco, se arrasta desde 2009 e nunca foi concluída. O reitor Carlos Alberto explica que o serviço foi abandonado pela empresa responsável e o caso foi parar na justiça. Já a direção da empresa contesta a denuncia e diz que foi solicitado um novo aditivo não aceito pela instituição de ensino, por isso o serviço foi parado.