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Política

DESCASO TOTAL! Agespisa deixa cidade de Picos sem água e moradores reclamam

O mesmo problema verificado hoje já havia ocorrido no final de semana passado quando vários bairros da cidade ficaram sem água durante três dias.

Um rompimento na adutora situada no cruzamento das ruas São Sebastião e João XXIII obrigou a Agespisa a deixar boa parte da cidade de Picos sem água mais uma vez. O problema é o mesmo registrado no último final de semana, quando diversos bairros ficaram sem água durante três, causando revolta e desespero em centenas de moradores.

Ao contrário do que ocorreu semana passada, desta vez a Agespisa enviou um comunicado para uma emissora de rádio avisando que faltaria água nesta quinta-feira, 8 de julho, das 08 às 16 horas nos bairros Canto da Várzea, Centro, Paroquial, Ipueiras, São José, Morada do Sol, Passagem das Pedras e imediações. No entanto, desde as primeiras horas da tarde de ontem, 7 de julho, que a água sumiu das torneiras de várias ruas desses bairros, principalmente aquelas que ficam situadas nas partes mais altas.

A falta de água na cidade de Picos é uma constante e vai de encontro às declarações do governador Wilson Martins (PSB), que em recente visita ao município declarou que a Agespisa estava investindo algo em torno de 5 milhões de reais no sistema de distribuição da cidade, inclusive, com a perfuração de um poço tubular no centro e a construção de três grandes reservatórios nos bairros Morada do Sol, Belo Norte e Passagem das Pedras.

Desespero

Enquanto as obras de melhoria do sistema de abastecimento de água de Picos não chegam, os moradores de diversos bairros sofrem com a falta constante do produto e cobram da Agespisa uma solução o quanto mais rápida possível para o problema, que tem causado desespero, aflição e indignação junto à população.

Moradores das ruas Piauí, João XXIII, Osvaldo Cruz e adjacências, situadas no bairro Paroquial, dizem que não sabem mais o que fazer e chegam ao desespero com a falta constante de água. Segundo alguns deles, mesmo em dias comuns, sem qualquer rompimento de adutora ou conserto no sistema de distribuição, a água somente chega nas torneiras de madrugada e some logo cedo da manhã.

Essa mesma situação se repete em vários outros bairros da cidade de Picos e os moradores denunciam que, mesmo sem contar com o fornecimento normal de água, os talões com as contas chegam religiosamente às suas casas todos os meses. Quem não pagar tem o fornecimento suspenso e os que atrasarem o pagamento são obrigados a quitar o débito com a empresa pagando juros.

Dezenas de pessoas reclamam dos transtornos decorrentes da falta de água. Muitos dizem que devido à demora no restabelecimento do fornecimento, semana passada ficaram sem água até mesmo para beber. A situação está se tornando uma rotina e a população exige uma solução o mais breve possível, caso contrário, promete promover manifestações de protestos contra a empresa.

Sem água para cozinhar, fazer limpeza e até mesmo para providenciar a higiene pessoal, os picoenses estão cada vez mais inconformados com o serviço prestado pela Agespisa e cobram dos órgãos de defesa do consumidor uma providência urgente ou ao contrário, se persistir o problema, que a empresa seja penalizada de alguma forma.

Muitos dos moradores atingidos pelo problema argumentam que a Agespisa somente não investe na ampliação do seu sistema de distribuição de água em Picos porque não quer, uma vez que a empresa arrecada muito, principalmente depois que o prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), passou para a Agespispa o direito de cobrar da população a taxa de saneamento básico. O valor chega em alguns casos a 70 por cento do total da conta normal.
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